Mason Thames brilha em Live-action de “Como Treinar o Seu Dragão”; filme lidera bilheteria dos EUA com estreia surpreendente

A nova adaptação em live-action de “How to Train Your Dragon” estreou nos cinemas norte-americanos superando todas as expectativas e conquistando o topo da bilheteria do fim de semana. A produção da Universal Pictures arrecadou US$ 83,7 milhões, ultrapassando com folga os US$ 70 milhões previstos por analistas e encerrando uma sequência de liderança de três semanas do remake de “Lilo & Stitch”, da Disney. O sucesso reforça o apelo contínuo das produções familiares com classificação PG, especialmente quando lançadas em datas estratégicas como o Dia dos Pais nos Estados Unidos.

Segundo especialistas do setor, o lançamento da nova versão da história de Soluço e Banguela foi habilmente posicionado para aproveitar o feriado e a conexão emocional da trama. A franquia já havia conquistado uma base fiel com seus filmes anteriores, e esta releitura híbrida – que mistura elementos live-action e animação digital – adicionou uma camada de nostalgia sem perder a essência original. Em sua estreia, o novo filme superou inclusive o desempenho ajustado pela inflação do primeiro longa da saga, de 2010.

O bom desempenho se soma a um momento positivo para a indústria cinematográfica, que até agora acumula US$ 3,72 bilhões em 2025 – um aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os lançamentos mais recentes, a comédia romântica “Materialists” arrecadou US$ 12 milhões e ficou em terceiro lugar, logo à frente de “Missão: Impossível — O Acerto Final”, que caiu para a quarta colocação com US$ 10,3 milhões. Já “Lilo & Stitch”, mesmo após três semanas no topo, arrecadou US$ 15,5 milhões no fim de semana, chegando a um total doméstico de US$ 366 milhões.

O analista Paul Dergarabedian, da Comscore, destacou o papel essencial dos filmes para toda a família no crescimento do mercado, que hoje representa 41% da arrecadação anual. Segundo ele, “How to Train Your Dragon” é mais do que apenas uma adaptação nostálgica: é um exemplo do quanto esse segmento continua relevante. O lançamento também se beneficia do vácuo momentâneo de grandes produções infantis, com “Elio”, da Pixar, sendo o próximo nome de peso previsto só para a quinta-feira seguinte.

Apesar do otimismo, o histórico recente de remakes em live-action não tem sido uniforme. O fracasso de “Branca de Neve”, também da Disney, que estreou com apenas US$ 43 milhões, serve como alerta. Ainda assim, sucessos como “A Bela e a Fera” e “O Rei Leão”, com aberturas superiores a US$ 230 milhões, mantêm o formato vivo. No caso de “How to Train Your Dragon”, o equilíbrio entre realismo e fantasia coloca o filme em uma categoria especial, mais próxima do que foi feito em “Sonic – O Filme”, que também misturou humanos e criaturas animadas.

Para David A. Gross, do site FranchiseRe, essa mescla de estilos funciona bem com franquias que já possuem um legado consolidado. Ele acredita que o novo longa pode atrair públicos diversos: fãs das animações originais, pais com filhos pequenos e até adultos em busca de entretenimento leve. Isso se reflete nos resultados e na expectativa de que o desempenho siga forte nas próximas semanas, mesmo com novos concorrentes chegando ao circuito.

No cenário atual, o sucesso da estreia reforça a confiança de estúdios e exibidores em apostas familiares para alavancar a bilheteria. A escolha do Dia dos Pais como data de lançamento foi acertada, especialmente considerando o enredo que gira em torno da relação entre pai e filho. A estratégia de unir elementos emocionais com tecnologia de ponta em uma narrativa já conhecida parece ter sido decisiva para transformar o longa no maior lançamento doméstico da franquia até agora.

Fonte: Instagram, CNN e Nytimes.

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