Netanyahu diz que bombardeou o Irã para evitar “holocausto nuclear”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo que os ataques aéreos contra alvos estratégicos no Irã foram conduzidos com o objetivo de evitar o que classificou como “um holocausto nuclear”. Segundo o líder israelense, informações de inteligência indicavam que o Irã já havia enriquecido urânio em volume suficiente para a produção de nove bombas atômicas, o que motivou a ofensiva em larga escala contra instalações militares e nucleares.

Pontos Principais:

  • Netanyahu diz que Israel atacou o Irã para impedir avanço nuclear.
  • Trump vetou plano israelense de assassinar o aiatolá Khamenei.
  • Mais de 400 mortos no Irã e 14 vítimas confirmadas em Israel.
  • Israel matou chefe do programa de mísseis iraniano em bombardeio.
  • Turquia e EUA discutem risco de colapso regional e envolvimento direto.

As ações de Israel geraram reações imediatas. Duas autoridades norte-americanas revelaram à agência Reuters que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou recentemente uma proposta do governo israelense para assassinar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano. Embora tenha barrado a medida extrema, Trump demonstrou alinhamento parcial com Israel. Em entrevista à emissora ABC News, ele afirmou que os Estados Unidos poderiam se envolver diretamente no conflito.

Netanyahu afirmou à Fox News que Israel bombardeou o Irã para evitar a fabricação de nove ogivas nucleares, baseando-se em dados de inteligência do governo.
Netanyahu afirmou à Fox News que Israel bombardeou o Irã para evitar a fabricação de nove ogivas nucleares, baseando-se em dados de inteligência do governo.

Ainda neste domingo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conversou com Trump e alertou para o risco de um colapso generalizado na região, defendendo medidas urgentes. A troca de mísseis entre os dois países se intensificou: Israel anunciou a morte do chefe do programa de mísseis da Guarda Revolucionária iraniana e sete de seus assessores, enquanto o Irã lançou mais de 200 foguetes contra cidades israelenses.

O número de mortos nas ações israelenses no Irã já chega a 406, com outros 654 feridos, segundo uma ONG com sede nos Estados Unidos. Do lado israelense, o número oficial de vítimas subiu para 14. O governo iraniano ainda não divulgou seu próprio balanço oficial, mas prometeu continuar respondendo aos ataques, sem, no entanto, buscar ampliar o conflito para países vizinhos, a menos que isso se torne necessário por questões de segurança.

Em meio ao agravamento da crise, a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá emitiu um comunicado pedindo que cidadãos americanos evitem áreas com aglomerações e redobrem os cuidados. Paralelamente, Israel estendeu o estado de emergência no país até o fim do mês e reforçou medidas de defesa. Nas redes sociais, Trump pediu que as duas nações busquem um entendimento e ressaltou que um acordo ainda seria possível.

Os ataques israelenses também atingiram alvos relacionados ao programa nuclear iraniano na capital Teerã. As Forças de Defesa de Israel confirmaram a presença de caças sobre a cidade na madrugada, destacando que a operação segue em andamento com foco em neutralizar infraestruturas estratégicas. O Ministério das Relações Exteriores de Israel reforçou que ainda há “objetivos críticos” a cumprir, sugerindo uma continuidade dos bombardeios.

Por sua vez, o governo do Irã acusou Israel de sabotar as negociações em curso entre Teerã e Washington, que poderiam resultar em um novo acordo nuclear. Teerã reforçou que responderá proporcionalmente a qualquer nova agressão. Ao mesmo tempo, Alemanha, França e Reino Unido manifestaram disposição para abrir novas rodadas de diálogo, buscando evitar uma escalada militar de grandes proporções. As conversas devem ser retomadas em paralelo às reuniões do G7.

Fonte: Cbn.

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