Mulher é presa após ofensas homofóbicas em cafeteria de Shopping Iguatemi em SP

A prisão em flagrante de uma mulher de 61 anos em uma cafeteria do Shopping Iguatemi, zona oeste de São Paulo, expôs uma cena de violência verbal com conotação homofóbica em um dos centros comerciais mais conhecidos da cidade. A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira foi detida por injúria após chamar o cliente Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, de “bicha nojenta”, entre outros insultos, enquanto ambos estavam em mesas próximas. A confusão foi filmada por testemunhas e os vídeos rapidamente circularam nas redes sociais.

Pontos Principais:

  • Mulher de 61 anos foi presa após chamar homem de “bicha nojenta” em shopping de SP.
  • Vídeos feitos por testemunhas confirmaram as ofensas e motivaram a prisão em flagrante.
  • Agressora alegou ter sido provocada e afirmou estar nervosa por motivos de saúde.
  • Secretaria de Segurança Pública confirmou a detenção por injúria com motivação homofóbica.

Adriana alegou que foi provocada após ter sido repreendida por estar falando alto ao telefone em tom nervoso, mencionando que se preparava para uma cirurgia no joelho. Segundo ela, o grupo na mesa ao lado teria debochado da situação, o que a fez reagir de forma agressiva. Em sua versão, ela teria sido vítima de etarismo e respondeu aos ataques verbais que recebeu, reconhecendo, porém, que se excedeu nos xingamentos e se arrepende das palavras proferidas.

Mulher é presa por homofobia em cafeteria de shopping de luxo em SP
Mulher é presa por homofobia em cafeteria de shopping de luxo em SP

A vítima, por sua vez, relatou que a mulher gritava repetidamente exigindo a conta da cafeteria, em voz muito alta, e que apenas sugeriu calma, tentando amenizar a situação. Foi nesse momento que, segundo Gabriel, começaram os insultos diretos e homofóbicos, acompanhados de outros termos ofensivos como “pobre” e “assassino”. Testemunhas, como Giulia Podgaic, confirmaram a versão do homem, destacando que Adriana continuou a ofender mesmo após ele ter se retirado do local.

O caso foi registrado no 14° Distrito Policial, em Pinheiros, como injúria com agravante por motivação homofóbica. Policiais militares foram acionados diretamente ao shopping e prenderam Adriana no local. A Secretaria da Segurança Pública confirmou o flagrante e reforçou que a detenção foi baseada nas evidências colhidas ainda na cena, incluindo os vídeos feitos por frequentadores do café e os depoimentos colhidos na hora.

O episódio gerou repercussão pela localização e pelo perfil dos envolvidos, mas também reacende o debate sobre o comportamento em espaços públicos e o papel da sociedade diante de episódios de discriminação. O Shopping Iguatemi, onde tudo aconteceu, ainda não se posicionou oficialmente até a última atualização da reportagem, e o caso segue em investigação para apuração mais detalhada dos fatos e consequências legais.

A vítima ainda não declarou se pretende mover ações cíveis ou buscar medidas protetivas. No entanto, o Ministério Público deve acompanhar o caso, considerando os elementos apresentados e o impacto social do ocorrido. A agressora, mesmo tendo manifestado arrependimento, poderá responder judicialmente por crime de injúria com motivação discriminatória, com penas previstas em lei.

Casos como este vêm se tornando cada vez mais visíveis, tanto pelo uso de celulares como ferramenta de denúncia quanto pela crescente mobilização social contra a homofobia. A detenção em flagrante mostra que a resposta policial pode ser imediata quando há provas e apoio de testemunhas, o que reforça a importância da denúncia e da solidariedade em casos de agressão verbal ou física por preconceito.

Fonte: G1.

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