Irã prende suspeitos de espionagem para Israel

Autoridades do Irã prenderam 2 pessoas suspeitas de praticar espionagem para Israel neste domingo (15.jun.2026). A informação é da agência estatal iraniana Irna, que detalhou que os detidos preparavam explosivos e dispositivos eletrônicos.

O governo iraniano acredita que os suspeitos integram o Mossad, a agência de inteligência israelense. Eles foram presos na província de Alborz, próxima à capital Teerã.

As autoridades iranianas declararam que mais detalhes sobre as prisões serão revelados “em breve”. No sábado (14.jun), 2 israelenses foram presos por suspeita de espionagem para o Irã. Detalhes dessas detenções também não foram revelados.

Israel e Irã trocaram ataques durante a madrugada deste domingo (15.jun), causando mortes de civis e destruição em áreas residenciais nos 2 países. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), advertiu Teerã contra possíveis ataques ao seu país, ao mesmo tempo em que disse que poderia mediar um acordo para encerrar o conflito.

Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e o poder das Forças Armadas dos EUA cairão sobre ele em níveis nunca vistos antes”, escreveu Trump em uma mensagem na plataforma Truth Social, acrescentando, em seguida: “No entanto, podemos facilmente fazer um acordo entre Irã e Israel e acabar com esse conflito sangrento”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, classificou os ataques como “bárbaros” e afirmou que tinham como objetivo sabotar as negociações nucleares com os EUA, que estavam previstas para serem retomadas neste domingo (15.jun) em Omã – negociações que foram canceladas.

Os bombardeios israelenses atingiram instalações de armas e a infraestrutura energética iraniana, incluindo a refinaria de petróleo Sharan, em Teerã, segundo a agência de notícias Reuters. Além disso, Israel atacou o edifício do Ministério da Defesa iraniano e o campo de gás South Pars, na província de Bushehr, no sul do país.

A escalada militar começou depois que Israel lançou bombardeios contra instalações nucleares do Irã na 6ª feira (13.jun). Autoridades israelenses afirmam que a operação visa a impedir o avanço do programa nuclear iraniano e eliminar capacidades de mísseis balísticos do país.

Em resposta, o Irã disparou mísseis contra áreas residenciais nas regiões Norte e Centro de Israel. De acordo com a Associated Press, 6 pessoas –incluindo 2 crianças– morreram em um ataque em Bat Yam, perto de Tel Aviv, onde um míssil atingiu um edifício de 8 andares. A mídia israelense, citada pela agência Reuters, informou que pelo menos 35 pessoas estão desaparecidas.

Outras 4 pessoas morreram quando um míssil atingiu um prédio em Tamra, no Norte do país. Ao todo, portanto, são ao menos 13 mortos em Israel desde 6ª feira (13.jun) e cerca de 300 feridos.

No Irã, 78 pessoas foram mortas só no 1º dia da campanha israelense. No 2º dia de ataques, um míssil de Israel derrubou um prédio de 14 andares em Teerã, deixando pelo menos 60 mortos, incluindo 29 crianças.

A onda mais recente de ataques iranianos contra Israel teve início pouco depois das 23h (horário local) de sábado (14.jun), quando sirenes de ataque aéreo soaram em Jerusalém e Haifa, levando cerca de 1 milhão de pessoas a buscar abrigo.

Por volta das 2h30 (horário local) de domingo (15.jun), o Exército israelense alertou sobre uma nova barragem de mísseis.

Os Houthis, do Iêmen, aliados ao Irã, disseram neste domingo (15.jun) que atacaram o centro de Israel, em Jaffa, com vários mísseis balísticos nas últimas 24 horas. Esta é a 1ª vez que um aliado do Irã se junta ao conflito.

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