Prédio em Dubai pega fogo e afeta 764 apartamentos

Um incêndio de grandes proporções atingiu na noite de sexta-feira (13) um arranha-céu de 67 andares localizado na região da Marina, em Dubai. O edifício, de uso exclusivamente residencial, abrigava 764 apartamentos e cerca de 3.820 moradores. As chamas começaram por volta das 21h45, horário local, e mobilizaram equipes de emergência por mais de seis horas até o controle completo da situação. Nenhuma estrutura vizinha foi afetada pelas chamas.

Embora não tenha havido feridos, o incêndio gerou críticas à ausência de um alerta sonoro eficiente. Muitos dos residentes afirmaram que os alarmes de incêndio não foram acionados. Relatos apontam que boa parte das pessoas só percebeu o fogo ao notar a fumaça, ao ver os bombeiros do lado de fora do prédio ou ao receber mensagens de parentes e amigos avisando sobre o que acontecia.

“Estava no 24º andar com minha esposa quando senti cheiro de queimado. Foi só então que notamos a movimentação dos bombeiros e a fumaça vindo das janelas. O alarme simplesmente não tocou”, contou um morador do 18º andar, que prestou depoimento ao portal Khaleej Times. A falha na comunicação de emergência ampliou a tensão vivida dentro do prédio nos minutos iniciais do desastre.

A evacuação aconteceu de forma improvisada, com muitos moradores deixando seus apartamentos às pressas. Um dos entrevistados, identificado como Ashiq, relatou que o ambiente ficou insuportável por volta das 23h30 devido à quantidade de fumaça. Ele e sua família conseguiram sair levando apenas os celulares. Segundo relatos, os responsáveis pelo prédio prometeram apoio financeiro temporário, mas o clima entre os desalojados é de incerteza.

As autoridades de Dubai ainda investigam as causas do incêndio e a suposta falha no sistema de alarme. Apesar da ausência de feridos, o caso reacende o debate sobre a segurança em edifícios altos na cidade, que já enfrentou outros episódios similares no passado envolvendo falhas técnicas e ausência de manutenções periódicas em equipamentos de segurança obrigatórios.

O incêndio foi combatido por equipes de emergência que trabalharam durante toda a madrugada. As chamas diminuíram após seis horas, mas os focos só foram completamente eliminados com o avanço da madrugada. Apesar do risco estrutural, as autoridades afirmaram que o prédio não corre perigo de colapso e que novas vistorias serão realizadas antes de qualquer tentativa de retorno dos moradores às unidades.

A administração do edifício informou que está prestando auxílio temporário às famílias deslocadas, incluindo hospedagem emergencial por dois dias. Ainda assim, o sentimento entre os moradores é de insegurança e desconfiança. Muitos questionam se voltarão a viver no local e se as promessas de reparação e melhorias serão realmente cumpridas.

Fonte: G1 e InfoMoney.

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