Fuzileiros navais dos EUA prendem civil em edifício federal

Fuzileiros navais dos Estados Unidos detiveram temporariamente um civil no Edifício Federal Wilshire, em Los Angeles. O incidente aconteceu na 6ª feira (13.jun.2025) e representa a 1ª detenção conhecida realizada por tropas ativas enviadas à cidade por ordem do presidente Donald Trump (Partido Republicano). As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.

As imagens da Reuters mostram os Marines abordando um homem, restringindo suas mãos com lacres plásticos e, posteriormente, entregando-o a funcionários do DSI (Departamento de Segurança Interna). O civil detido se identificou como Marcos Leao, 27 anos, veterano do Exército e cidadão americano de origem angolana e portuguesa.

Leao estava a caminho de um escritório do DAV (Departamento de Assuntos de Veteranos) quando cruzou uma fita amarela de delimitação e foi solicitado a parar. A detenção aconteceu no mesmo dia em que os Marines assumiram a missão de proteção do Edifício Federal Wilshire.

Atualmente, 200 Fuzileiros Navais e mais de 2.000 integrantes da Guarda Nacional estão mobilizados em Los Angeles. Este contingente receberá o reforço de 500 Marines adicionais e 2.000 soldados da Guarda Nacional. Todos têm a tarefa de proteger propriedades e funcionários federais, incluindo o acompanhamento de agentes do SICA (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas) durante operações.

Um porta-voz do Comando Norte militar dos EUA explicou que as forças ativas “podem deter temporariamente um indivíduo em circunstâncias específicas”. O porta-voz acrescentou que “qualquer detenção temporária termina imediatamente quando o(s) indivíduo(s) pode(m) ser transferido(s) com segurança para a custódia do pessoal apropriado de aplicação da lei civil”.

A mobilização das tropas ocorre em resposta aos protestos contra operações de imigração federais na Califórnia. O presidente Trump autorizou o envio dos militares para proteger propriedades e pessoal federal na cidade.

A LPC (Lei Posse Comitatus) geralmente proíbe os militares dos EUA, incluindo a Guarda Nacional, de participar da aplicação da lei civil, mas Trump poderia invocar a LI (Lei de Insurreição), permitindo a participação direta das tropas na aplicação da lei.

Depois de ser liberado, Leao declarou que foi tratado “de forma muito justa”. “Eles estão apenas fazendo seu trabalho”, afirmou o veterano.

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