Alunos do interior de SP participam de imersão na NASA com projetos 100% em inglês: ‘Novas possibilidades’


Selecionados por mérito em concurso nacional, estudantes de um colégio de São José do Rio Preto (SP) criaram soluções ambientais inovadoras e vivenciaram rotina científica no Kennedy Space Center. Dois alunos rio-pretenses vivenciam imersão na NASA e se destacam entre jovens do Brasil
Dois estudantes de São José do Rio Preto (SP) viveram a experiência que muitos jovens sonham: uma semana de imersão na NASA, nos Estados Unidos, após serem selecionados por mérito em um concurso nacional promovido pela International School.
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Gabriela Poço Gonçalves, de 16 anos, e Davi Feres Oliveira, de 15, embarcaram rumo ao Kennedy Space Center International Academy (KSCIA) depois de apresentarem soluções criativas e tecnológicas para problemas ambientais, tudo em inglês, e superarem diversas etapas da competição.
A disputa, que envolveu aproximadamente 80 inscritos, desafiou os participantes a comprovar proficiência no idioma e a desenvolver, em 30 dias, um projeto multidisciplinar sobre sustentabilidade. Entre os selecionados, dois projetos do Colégio Santo André em Rio Preto garantiram a viagem dos alunos durante a primeira semana de junho, sem nenhum custo (assista ao vídeo acima).
Alunos de colégio em Rio Preto se destacam entre 86 inscritos e vivenciam imersão na NASA com projetos em inglês.
Reprodução/Colégio Santo André
Em entrevista ao g1, Gabriela conta que desenvolveu uma proposta de usinas solares para alimentar reatores capazes de capturar carbono da atmosfera e convertê-lo em insumos como biocombustível e adubo. “Foi um processo trabalhoso, mas aprendi muitas coisas com as pesquisas. Produzir tudo em inglês foi um desafio, porque tive que usar palavras que ainda não faziam parte do meu vocabulário”, conta a aluna. Ela revela que a vivência reafirmou sua vontade de seguir carreira na área científica.
“Depois da ida à NASA, tive certeza de que certamente acabarei trabalhando nessa área”, afirma.
Já o projeto de Davi buscou alternativas para o desmatamento, propondo o uso de intensidades luminosas variadas para estimular a fotossíntese de plantas durante a noite. “Foi a primeira vez que produzi algo tão complexo em inglês. Fiquei muito feliz e surpreso por ter sido selecionado. Essa experiência me abriu novas possibilidades”, disse ele, que também destacou a importância da ciência para a sociedade como grande aprendizado da viagem.
Durante as aulas os alunos tinham atividades teóricas e práticas com estudantes de todos os estados do Brasil.
Reprodução/Colégio Santo André
Segundo Guilherme Inácio Pires de Oliveira, professor e coordenador do Programa Bilíngue da escola, os critérios de avaliação incluíram criatividade, viabilidade tecnológica e financeira, impacto social e inovação.
“O alto nível de interdisciplinaridade e tecnologia dos projetos dos dois estudantes foi determinante. A experiência internacional contribui para o domínio da língua inglesa e enriquece imensamente o currículo escolar e a perspectiva de futuro dos alunos”, destaca.
🚀 Imersão
Durante a imersão no KSCIA, Gabriela e Davi participaram de atividades como aulas de astrobiologia, programação, engenharia aeroespacial e oficinas práticas. Eles também realizaram projetos em grupo com estudantes de outras partes do Brasil. “Foi incrível conhecer todos esses estudantes e compartilhar momentos especiais. Aprendi muito sobre trabalho em equipe e a importância da busca constante por conhecimento”, disse Gabriela.
“O mais surpreendente foi ver até onde a capacidade de criação do ser humano pode nos levar”, complementa Davi.
O Kennedy Space Center International Academy (KSCIA) busca inspirar e incentivar estudantes de todo o mundo a seguir carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Reprodução/Colégio Santo André
De volta ao Brasil, a dupla compartilha suas vivências com os colegas da escola e com os interessados em participar do processo seletivo de 2026. A expectativa é de que, inspirados em Gabriela e Davi, mais jovens se motivem a buscar oportunidades acadêmicas transformadoras.
“Sem sombra de dúvidas, esse tipo de projeto abre portas”, conclui o professor Guilherme.
* Colaborou sob supervisão de Henrique Souza
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