Alerta da defesa civil: Lula ativa sistema em 36 cidades do Nordeste para prevenir desastres naturais

A ativação do sistema Defesa Civil Alerta, realizada neste sábado pelo presidente Lula a partir do Cenad, em Brasília, marcou um passo estratégico na política de prevenção de desastres naturais no Brasil. A medida foi testada em 36 cidades do Nordeste com o envio de mensagens sonoras emergenciais a celulares, sem necessidade de cadastro. O presidente discursou reforçando o compromisso com a proteção da vida e o fortalecimento de estruturas municipais para emergências.

A ação foi acompanhada por técnicos da Defesa Civil Nacional nas nove capitais da região, em uma demonstração sincronizada com intervalos de um minuto por município. A mensagem de teste alertava sobre a simulação e orientava a população a buscar mais informações no site oficial. Segundo o ministro Waldez Góes, o alerta extremo é emitido com som de sirene, enquanto o severo utiliza um tom mais leve, ambos ativados mesmo que o celular esteja no silencioso.

Lula destacou a importância de um corpo técnico qualificado nas prefeituras, defendendo que a prevenção não deve ser improvisada. O presidente lembrou as tragédias recentes causadas por chuvas intensas e afirmou que o sistema tem potencial para salvar vidas, desde que utilizado de forma eficaz por estados e municípios. Segundo ele, “quanto mais vidas a gente salvar, mais importante será esse trabalho”.

O sistema já está em funcionamento nas regiões Sul e Sudeste desde dezembro de 2024. A fase atual no Nordeste antecede a ampliação para o Norte e Centro-Oeste, prevista até o final de 2025, quando o sistema deverá cobrir todo o território nacional. A proposta é que o Brasil sirva de referência para outros países em políticas públicas voltadas à defesa civil.

Entre as cidades participantes do teste estão capitais como Salvador, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Teresina, Maceió, São Luís e Aracaju, além de municípios de menor porte, como Esperantina (PI), Trizidela do Vale (MA) e Itatuba (PB). A abrangência da ação visa validar a efetividade do sistema em diferentes contextos urbanos e geográficos.

Durante a simulação, foram monitorados não apenas o recebimento das mensagens, mas também o impacto na população e a capacidade de resposta dos órgãos locais. Técnicos da Defesa Civil estadual e municipal estiveram mobilizados em campo para garantir a precisão e a eficácia da operação. Após a fase de treinamento, o envio passará a ser de responsabilidade das equipes locais.

A iniciativa integra a política nacional de gestão de riscos e desastres, que vem ganhando estrutura desde os eventos climáticos de grande impacto registrados nos últimos anos. Ao centralizar a operação no Cenad e descentralizar a execução aos estados, o governo busca consolidar um modelo híbrido de coordenação e resposta, com foco em agilidade e antecipação.

Fonte: Gov.

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