No Brasil, analfabetismo tem a menor taxa em 8 anos


Mas o país ainda tem mais de 9 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não conseguem ler nem escrever um bilhete simples. No Brasil, analfabetismo tem a menor taxa em 8 anos
Reprodução/TV Globo
Nunca o brasileiro dedicou tantos anos aos estudos. A notícia boa está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE. Mas a educação no Brasil ainda tem muito desafio pela frente.
A caminhada que a Luana Pacheco da Costa, líder de atendimento, faz para mudar a realidade dela e a história da família. Ela está no segundo curso universitário.
“Meus pais nunca conseguiram me ajudar a pagar os estudos. Conforme me formei, consegui trabalhar, consegui ganhar um pouquinho mais, surgiu a oportunidade de fazer o Direito”, conta.
Luana representa uma nova tendência no país. A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua, do IBGE, mostrou que nunca o brasileiro dedicou tantos anos aos estudos. Em 2024, a média passou dos dez anos, a mais alta da série, que começou em 2016.
“Isso significa que as pessoas já entram no mercado de trabalho mais qualificadas. Isso é positivo para a produtividade dos trabalhadores, para o desenvolvimento geral do país”, afirma Tássia Cruz, professora FGV/EBAPE.
A proporção de brasileiros que concluíram a educação básica também bateu recorde. Subiu dez pontos percentuais. A taxa de analfabetismo melhorou e foi a menor registrada desde 2016.
Mas o país ainda tem mais de 9 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não conseguem ler nem escrever um bilhete simples. A aposentada Maria das Dores nasceu no Ceará e abandonou os estudos com 22 anos, quando foi trabalhar no Rio. Agora, voltou para a sala de aula.
“Me sinto o máximo! Me sinto. Quando eu comecei a fazer as contas, eu comecei a acertar, tudo de bom”, comemora.
“São dados positivos, estamos indo no caminho certo. Mas a gente ainda precisa de muitos anos para chegar em patamares de países desenvolvidos. O que a gente observa, sim, é que existem políticas educacionais que estão sendo desenvolvidas já há bastante tempo, estão sendo melhoradas, mas a gente não teve nenhuma revolução educacional para justificar uma revolução nesses dados”, afirma Tássia Cruz, professora FGV/EBAPE.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.