Alunos de escola estadual terão aula de campo no Cemitério Nossa Sra dos Mártires, em Santarém


A proposta é levar os alunos a refletirem sobre a memória coletiva, a simbologia funerária e a valorização do patrimônio histórico material presente no cemitério. Cemitério Nossa Senhora dos Mártires em Santarém
Reprodução/Redes sociais
Neste sábado (14), os estudantes da Escola Estadual Madre Imaculada, localizada na avenida Presidente Vargas, bairro santíssimo, em Santarém, oeste do Pará, vivenciarão uma experiência pedagógica diferenciada: uma aula de campo no Cemitério Nossa Senhora dos Mártires, com o tema “Silêncio que fala: memória e patrimônio no cemitério de Santarém”.
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A atividade interdisciplinar será conduzida pelos professores Alenilson Ribeiro (História), Thiago Santiago (Filosofia) e Mourrambert Flexa (Antropologia), com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).
A proposta é levar os alunos a refletirem sobre a memória coletiva, a simbologia funerária e a valorização do patrimônio histórico material presente no cemitério. Durante a visita, os alunos irão investigar os significados de símbolos esculpidos nas lápides, frases marcantes e outros elementos que compõem um verdadeiro mosaico de histórias e tradições locais.
Os estudantes de licenciatura vinculados ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID): Ângela Rydla Maciel Tavares, Dionata Rebelo, Ester Vieira da Silva, Isabelle Lopez Pereira, Manuela Viana, Pedro Jorge Cardoso dos Santos, Raynan Santos da Rocha e Roberta Aguiar, auxiliarão no guiamento durante a atividade.
De acordo com o professor Alenilson Ribeiro, que coordenará a aula, entre os elementos simbólicos que serão observados, destacam-se:
Ampulheta: representa a passagem do tempo e a transitoriedade da vida; em alguns contextos, também simboliza a paciência ou a espera pela ressurreição.
Ouroboros (cobra devorando o próprio rabo): símbolo da eternidade e do ciclo contínuo entre vida e morte.
Tocha invertida: expressa o fim da vida terrena, mas também a memória eterna e a continuidade da alma.
“Esses símbolos, muito comuns nos túmulos dos séculos XVIII e XIX — especialmente nos estilos neoclássico e romântico — carregam profundas reflexões filosóficas e culturais, sendo portas de entrada para discussões sobre finitude, espiritualidade e patrimônio”, ressaltou o professor Alenilson Ribeiro.
Ainda de acordo com o professor, a Escola Madre Imaculada busca com essa iniciativa, estimular o pensamento crítico dos alunos e fomentar o reconhecimento da importância dos espaços de memória para a identidade local.
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