Vereador e servidores são denunciados por desvio de R$ 545 mil de Câmara Municipal no ES


Justiça determinou a prisão preventiva do servidor Leandro José dos Santos Santana. Já o vereador Rodolpho Longue Diir e o funcionário público Daniel da Silva vão ter que usar tornozeleira eletrônica. Caso é investigado na Câmara de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo. Câmara Municipal de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo
Isabelle Oliveira/TV Gazeta
Um vereador e dois servidores da Câmara Municipal de Rio Novo do Sul, na Região Sul do Espírito Santo, foram afastados dos cargos. Eles viraram réus após serem acusados de desviar R$ 545 mil dos cofres públicos e causarem prejuízo e danos extrapatrimoniais de mais de R$ 1 milhão.
A Justiça determinou a prisão preventiva do servidor Leandro José dos Santos Santana. Já o vereador Rodolpho Longue Diir (Republicanos) e o funcionário público Daniel da Silva vão ter que usar tornozeleira eletrônica.
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O pedido de prisão e as medidas cautelares impostas pela Justiça aos acusados ocorrem como desdobramento da Operação Sangria, deflagrada em março deste ano. Na ocasião, foi determinado o afastamento do vereador, bem como dos servidores identificados como responsáveis por comandar um esquema de desvios financeiros que teriam causados prejuízo milionário aos cofres públicos.
Leandro José foi preso na quarta-feira (11) e passará por audiência de custódia na tarde desta quinta (12). No caso do vereador, Rodolpho Longue Diir e do servidor Daniel da Silva, o afastamento das funções deverá durar até a conclusão do julgamento da ação penal apresentada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Eles também seguem proibidos de acessar e frequentar as dependências da Câmara Municipal e da prefeitura. Além disso, não poderão manter contato com servidores e vereadores da Casa de Leis.
Justiça decreta prisão preventiva de servidor público de Rio Novo do Sul
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No processo, o MPES afirma que o aprofundamento das investigações “confirmaram a notícia inaugural com evidências robustas dos crimes de peculato, falsificação de documentos públicos, inserção de dados falsos em sistema de informações, apropriação indébita previdenciária, lavagem de dinheiro e associação criminosa”. O documento tem 87 páginas.
Ainda no texto da denúncia, o MPES aponta que os servidores Leandro José e Daniel, “a partir do esquema fraudulento articulado para desviar dinheiro público da Câmara Municipal, utilizavam-se da agiotagem para mascarar a origem ilícita dos valores em espécie por conta bancária de um dos envolvidos, livrando-se do papel moeda para viabilizar o branqueamento do dinheiro em espécie, em atividade típica de lavagem de ativos”.
Os crimes
Com base nas provas obtidas pelas investigações, o Ministério Público denunciou os agentes públicos pelos seguintes crimes:
Rodolpho Longue Dirr: associação criminosa, peculato e não repasse de contribuições à Segurança Social;
Leandro José Santos Santana: associação criminosa, peculato, não repasse de contribuições à Segurança Social, falsificação de documento público e peculato digital;
Daniel da Silva: associação criminosa e peculato.
O g1 ainda não conseguiu contato com as defesas dos réus.
*Com informações de Gustavo Ribeiro e Tiago Alencar.
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