Brasil pede para Israel libertar brasileiro que estava com Greta

O Ministério das Relações Exteriores pediu na 3ª feira (10.jun.2025) a libertação do brasileiro Thiago Ávila, que está em um dos centros de detenção em Israel. Ávila e Greta Thunberg estavam entre os 12 ativistas a bordo do veleiro Madleen, que foi interceptado pelas forças israelenses no domingo (8.jun).

Israel anunciou que deportaria os ativistas, que estavam a caminho da Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária. Thiago Ávila e outras 7 pessoas se recusaram a assinar o formulário de deportação e, por isso, o governo israelense colocou Ávila em detenção.

Segundo o grupo israelense de direitos humanos Adalah, Israel manteve somente Thiago Ávila e a parlamentar europeia franco-palestina Rima Hassan em “confinamento solitário”. A ONG não informou a situação dos outros 6 que recusaram a deportação, somente que estão “sob custódia”.

Em declaração ao O Globo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse que Ávila será deportado nos próximos dias, mas não detalhou de qual forma o processo será conduzido.

A lei de Israel determina que, quando uma ordem de deportação é emitida, o governo tem 72 horas para entrar em um acordo com o imigrante ilegal. Caso ambas as partes não cheguem a uma conclusão nesse período, as autoridades israelenses podem forçar a deportação.

No caso de Ávila e dos outros ativistas que recusaram a deportação, o prazo se encerraria nesta 5ª feira (12.jun), visto que a ordem para saída foi dada na 2ª feira (9.jun). O governo de Israel não informou até o momento se usará o recurso para deportar os ativistas à força.

Na nota do Itamaraty, o governo expressa “firme condenação” a Israel por interceptar o Madleen, o que, segundo o governo brasileiro, foi uma “flagrante transgressão ao direito internacional”.

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