Ayrton Costa é vetado do Mundial e desfalca o Boca por veto dos EUA ao visto

O Boca Juniors terá um desfalque importante para a disputa do Mundial de Clubes, que será realizado nos Estados Unidos. O zagueiro Ayrton Costa não recebeu autorização para entrar no país. O visto foi novamente negado pelas autoridades americanas, devido ao fato de o jogador estar em liberdade condicional na Argentina, o que representa um impeditivo judicial para sua entrada no território norte-americano.

Pontos Principais:

  • Ayrton Costa teve visto negado e não jogará o Mundial de Clubes pelo Boca Juniors.
  • Jogador responde em liberdade condicional na Argentina por tentativa de roubo.
  • Mesmo com tentativa final na embaixada dos EUA, pedido foi rejeitado novamente.
  • Boca estreia contra o Benfica e terá pela frente também Bayern e Auckland City.
  • Delegação já está nos EUA; reforços como Braida e Pellegrino ainda devem chegar.

A ausência de Costa foi confirmada depois de uma tentativa final do jogador, que chegou a visitar a Embaixada dos Estados Unidos na Argentina na última quinta-feira. O objetivo era obter a autorização de última hora e integrar o grupo que se juntaria à delegação do clube na reta final de preparação. A recusa, no entanto, manteve a restrição vigente, sustentada pela avaliação das autoridades dos EUA de que o processo judicial em que o atleta está envolvido ainda não foi encerrado.

A condição jurídica de Ayrton Costa remonta a 2018, quando ele foi acusado de tentativa de roubo ao lado do irmão e de um amigo. O episódio ocorreu em Bernal Oeste, na Grande Buenos Aires. Os três foram capturados pela polícia, mas não permaneceram detidos. Desde então, Costa responde em liberdade condicional, o que já vinha impactando sua carreira mesmo antes da chegada ao Boca Juniors.

Histórico de negativa e impacto no Boca Juniors

Antes mesmo de defender o Boca Juniors, Ayrton Costa já enfrentava dificuldades relacionadas à obtenção de visto para os Estados Unidos. Quando atuava pelo Independiente, ele já havia recebido respostas negativas em tentativas de viajar com a equipe para pré-temporadas em solo norte-americano. A transferência para o Boca, em 2023, não alterou essa situação, e o clube passou a buscar formas de viabilizar a entrada do atleta no país sede do Mundial.

No início de 2024, Costa tentou novamente obter o visto para uma possível viagem com o elenco. Novamente sem sucesso. A expectativa era de que, com mais tempo de tramitação, o processo pudesse ser finalizado antes do Mundial de Clubes. O cenário, porém, se manteve desfavorável. A mais recente tentativa, às vésperas da estreia da equipe na competição, foi encerrada com nova negativa por parte do governo dos EUA.

A ausência do zagueiro no torneio interfere diretamente na composição do elenco. Embora Costa não fosse titular absoluto, ele era uma opção defensiva importante no banco de reservas. Sua exclusão reduz as alternativas do técnico para as partidas contra adversários como Benfica e Bayern de Munique, que compõem o Grupo C do torneio, ao lado do Auckland City.

Preparação da equipe e cronograma do Mundial

A delegação principal do Boca Juniors já se encontra nos Estados Unidos, realizando os ajustes finais antes da estreia. A equipe enfrentará o Benfica na próxima segunda-feira, em sua primeira partida válida pelo Grupo C. Em seguida, terá compromissos contra o Bayern de Munique e o Auckland City, adversários que exigem variações táticas e opções no banco de reservas.

Apesar da ausência de Ayrton Costa, o clube ainda aguarda a chegada de outros nomes que reforçarão o grupo para a competição. Estão previstas as entradas de Marco Pellegrino e Malcom Braida, além da viagem do presidente Juan Román Riquelme, que acompanhará a equipe durante o torneio. A expectativa é que esses reforços se integrem ao grupo antes da segunda rodada da fase de grupos.

O Mundial de Clubes deste ano marca o início de um novo formato promovido pela Fifa, com mais clubes, distribuição por grupos e maior número de partidas. O torneio nos Estados Unidos serve como teste para futuros campeonatos internacionais no país, que também será sede da próxima Copa do Mundo. A ausência de jogadores por questões administrativas ou jurídicas chama a atenção das equipes envolvidas e reforça a importância de um planejamento jurídico detalhado.

Implicações jurídicas e limitações para atletas

O caso de Ayrton Costa expõe um desafio recorrente enfrentado por clubes da América do Sul e outros continentes ao lidarem com exigências de imigração em eventos internacionais. Mesmo quando não há condenação formal com pena de prisão, o simples fato de um processo estar em aberto pode inviabilizar a entrada em determinados países, como é o caso dos Estados Unidos.

Para os clubes, esse tipo de impedimento impõe riscos esportivos e logísticos. O planejamento da comissão técnica precisa prever substituições e novas inscrições em tempo hábil, respeitando os prazos da Fifa e a estrutura organizacional da competição. No caso do Boca, a ausência de Costa foi tratada com discrição, mas exigirá ajustes defensivos.

O episódio também levanta discussões sobre o grau de responsabilidade das instituições esportivas na verificação do histórico judicial de seus atletas. Embora o processo de contratação envolva avaliações clínicas e técnicas, questões jurídicas acabam se tornando centrais quando envolvem viagens internacionais. O caso do zagueiro argentino pode servir de alerta para outras equipes que participarão de competições nos Estados Unidos nos próximos anos.

Fonte: X, Infobae e Onefootball.

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