Avião que caiu na Índia já tinha sido proibido de voar por falhas graves

O acidente aéreo que abalou a Índia nesta quinta-feira trouxe à tona antigos questionamentos sobre a segurança de aeronaves com alta complexidade tecnológica. O modelo envolvido, um Boeing 787-8 Dreamliner, já havia sido interditado no passado devido a falhas técnicas e voltou a ser alvo de críticas por parte de especialistas. A colisão com uma edificação durante a decolagem e a explosão causada pelo combustível espalhado em gotículas inflamáveis reforçaram a gravidade do episódio.

Pontos Principais:

  • Aeronave envolvida no acidente já havia sido impedida de operar por falhas técnicas.
  • Especialista destaca riscos de sistemas avançados como o fly-by-wire e sobrecarga elétrica.
  • Imagens mostram explosão causada por combustível após rompimento de tanque em área habitada.
  • Complexidade tecnológica exige manutenção rigorosa e planejamento de voo cuidadoso.

Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de risco, afirmou que o avião envolvido acumula registros de problemas anteriores, muitos deles relacionados a seu sofisticado sistema elétrico. Embora essas tecnologias representem um avanço, o nível de complexidade exige um rigor maior na manutenção e no planejamento operacional, sob risco de colocar vidas em perigo em situações críticas como a decolagem.

Segundo o especialista, o sistema fly-by-wire, utilizado no modelo, substitui componentes hidráulicos por eletroeletrônicos. Essa arquitetura moderna, embora eficiente do ponto de vista energético, traz implicações sérias na segurança caso haja falha em sensores, sobrecarga nos sistemas ou resposta inadequada a situações inesperadas.

Portela alertou ainda para o risco adicional representado por colisões com objetos externos, como aves ou até drones, que podem impactar negativamente o desempenho do avião nos primeiros momentos após deixar o solo. Ele frisou que esses riscos se somam à preocupação com a relação peso-potência da aeronave, que exige cálculo preciso para evitar instabilidade na decolagem.

As imagens do acidente mostram o jato perdendo o controle antes de atingir uma construção. O especialista explicou que o rompimento do tanque de combustível espalhou partículas inflamáveis, que encontraram rapidamente uma fonte de calor, resultando em uma combustão instantânea. Essa sequência dramática é conhecida entre os investigadores e torna a cena do acidente ainda mais preocupante.

O histórico da aeronave levanta dúvidas sobre a fiscalização e liberação para operação comercial. Embora as atualizações tenham permitido seu retorno ao mercado, o fato de o modelo ser o primeiro da série 787-8 a se envolver em um acidente fatal aponta para a necessidade de revisão em protocolos técnicos. A responsabilidade por garantir a segurança não se limita aos fabricantes, mas também recai sobre autoridades de aviação civil.

A investigação oficial sobre o acidente segue em andamento, com análise de dados da caixa-preta e do histórico recente da aeronave. A expectativa é de que novos detalhes surjam nos próximos dias, trazendo respostas sobre o que de fato levou à queda e quais medidas serão tomadas para evitar que episódios como este se repitam.

Fonte: CNN e Wikipedia.

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