Meta investe em novo laboratório para criar “superinteligência” artificial

Resumo
  • A Meta está criando um laboratório para desenvolver inteligência artificial geral (AGI).
  • O projeto é parte de uma reorganização interna liderada por Mark Zuckerberg, após resultados abaixo do esperado no setor de IA.

  • Segundo o New York Times, a big tech negocia a contratação de Alexandr Wang, CEO da Scale AI, e busca outros especialistas da concorrência.

Em uma tentativa de reposicionar sua divisão de inteligência artificial, a Meta está criando um novo laboratório de pesquisa voltado ao desenvolvimento de uma IA com capacidades cognitivas hipoteticamente superiores às humanas — a chamada “superinteligência”.

Segundo o New York Times, a iniciativa faz parte de uma ampla reorganização liderada por Mark Zuckerberg e vem após um período de conflitos internos, perda de talentos e desempenho abaixo do esperado em projetos recentes.

Meta mira talentos de rivais para liderar projeto

Para avançar na corrida pela inteligência artificial geral (AGI), Mark Zuckerberg está apostando em contratações estratégicas. De acordo com a Bloomberg, o CEO da Meta negocia a chegada de Alexandr Wang, fundador da startup Scale AI, para liderar um novo projeto focado em IA avançada.

Zuckerberg também estaria prestes a investir bilhões de dólares na Scale AI, o que pode abrir caminho para a migração de mais profissionais da startup para o time da Meta.

Segundo o New York Times, a empresa iniciou uma ofensiva agressiva por talentos de rivais como OpenAI e Google. Os pacotes de remuneração teriam chegado a cifras entre sete e nove dígitos — com valores que podem ultrapassar centenas de milhões de dólares. Parte dessas propostas já teria sido aceita.

O que é uma superinteligência?

Superinteligência é um conceito que descreve uma inteligência artificial hipotética capaz de superar em muito as capacidades humanas em quase todas as áreas: raciocínio lógico, criatividade, tomada de decisão, resolução de problemas e até habilidades sociais.

Essa IA teria autonomia para aprender e se aperfeiçoar sozinha de forma exponencial, a ponto de ultrapassar os limites da inteligência humana — inclusive os de seus próprios criadores.

O tema ficou popular através da ficção científica, em obras como Her (2013) e Ex Machina (2014), nas quais as IAs ultrapassam os limites do controle humano. Na prática, porém, não existe hoje nenhum sistema que se aproxime de uma superinteligência de verdade.

Superinteligência para sair da crise

A criação do laboratório surge em meio a uma tentativa de corrigir a rota da divisão de IA da Meta. A reorganização interna quer centralizar esforços e acelerar o desenvolvimento de modelos mais avançados, depois de um período de instabilidade.

Entre os obstáculos enfrentados pela empresa nos últimos tempos, estão o lançamento de produtos com desempenho abaixo do esperado e adiamentos de projetos estratégicos.

Um exemplo recente se deu com o modelo Behemoth, da família Llama 4, que seria o mais potente já desenvolvido pela dona do Facebook e Instagram, mas teve seu lançamento adiado por ainda não atender aos padrões de qualidade esperados internamente.

Com informações do The New York Times e da Bloomberg

Meta investe em novo laboratório para criar “superinteligência” artificial

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