IBGE: abates de bovinos, suínos e frangos registram melhor 1º trimestre da série

Rio, 11 – Os produtores brasileiros abateram 14,33 milhões de cabeças de suínos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, segundo os resultados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve recuo de 0,8%.

“Este resultado da produção do abate de suínos teve o melhor mês de janeiro, e significou o melhor primeiro trimestre da série histórica iniciada em 1997”, destacou o IBGE, lembrando que o abate de bovinos e de frangos também foi o melhor da série histórica para primeiros trimestres nesses produtos.

O abate de 230,99 mil cabeças de suínos a mais no primeiro trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 17 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa.

Os principais aumentos ocorreram no Rio Grande do Sul (+171,86 mil cabeças), Minas Gerais (+68,96 mil cabeças), Santa Catarina (+67,20 mil cabeças), Paraná (+32,53 mil cabeças), Goiás (+21,50 mil cabeças) e Mato Grosso (+21,00 mil cabeças). Na direção oposta, as quedas foram mais relevantes no Mato Grosso do Sul (-141,11 mil cabeças) e São Paulo (-20,52 mil cabeças).

Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos, com 29,4% da participação nacional, seguido por Paraná (21,9%) e Rio Grande do Sul (18,2%).

Bovinos

Os produtores brasileiros abateram 9,87 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, segundo o (IBGE). Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve aumento de 1,9%.

O mês de janeiro teve o maior abate no período, um total de 3,35 milhões de cabeças, alta de 4,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O abate de fêmeas subiu 11,3% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao primeiro trimestre de 2024, “o que demonstra a continuação da tendência de aumento do abate dessa categoria ainda nos primeiros meses de 2025”, apontou o IBGE.

O abate de 435,61 mil cabeças de bovinos a mais no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior foi puxado por aumentos em 22 das 27 Unidades da Federação. Os avanços mais significativos ocorreram em: São Paulo (+88,38 mil cabeças), Rondônia (+53,25 mil cabeças), Pará (+47,85 mil cabeças), Minas Gerais (+34,39 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+ 33,98 mil cabeças), Pernambuco (+33,12 mil cabeças), Tocantins (+29,94 mil cabeças), Acre (+21,43 mil cabeças) e Paraná (+14,20 mil cabeças).

Na direção oposta, as quedas mais expressivas ocorreram em Mato Grosso (-38,99 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-7,63 mil cabeças).

O Estado de Mato Grosso manteve a liderança no abate de bovinos, com 16,9% da participação nacional, seguido por São Paulo (10,6%) e Goiás (10,3%).

Frangos

Os produtores brasileiros abateram 1,64 bilhão de frangos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 2,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, informou o IBGE. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve expansão de 1,0%.

“A pesquisa registrou, no período, os melhores meses de janeiro e fevereiro da série histórica iniciada em 1997”, ressaltou o IBGE.

O abate de 37,17 milhões de cabeças de frangos a mais no primeiro trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2024 foi puxado por aumentos em 20 das 26 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Os avanços mais expressivos ocorreram em: Santa Catarina (+12,84 milhões de cabeças), São Paulo (+10,81 milhões de cabeças), Paraná (+10,45 milhões de cabeças) e Bahia (+1,48 milhões de cabeças). As quedas mais relevantes foram registradas no Rio Grande do Sul (-2,04 milhões de cabeças) e Mato Grosso do Sul (-1,26 milhões de cabeças).

O Paraná manteve a liderança no abate de frangos, com 34,6% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,0%) e Rio Grande do Sul (11,5%).

Ovos

A produção de ovos de galinha no País somou 1,20 bilhão de dúzias no primeiro trimestre de 2025, informou o IBGE. O montante representa uma alta de 8,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, houve redução de 1,0%.

A produção de 92,14 milhões de dúzias de ovos a mais no primeiro trimestre ante o mesmo trimestre do ano anterior foi decorrente de aumentos em 25 das 26 Unidades da Federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os acréscimos mais significativos ocorreram em Minas Gerais (+14,54 milhões de dúzias), São Paulo (+13,95 milhões de dúzias), Espírito Santo (+10,62 milhões de dúzias) e Pernambuco (+10,50 milhões de dúzias).

“Verificou-se que mais da metade das granjas, 1.132 (55,0%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 83,0% do total de ovos produzidos, enquanto 925 granjas (45,0%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,0% do total de ovos produzidos”, apontou o IBGE.

O Estado de São Paulo manteve a liderança na produção de ovos, com 25,4% do total nacional, seguido por Minas Gerais (9,7%), Paraná (9,5%) e Espírito Santo (8,1%).

Leite

A aquisição de leite cru pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) no País somou 6,49 bilhões de litros no primeiro trimestre de 2025, conforme o IBGE. O montante representa uma elevação de 3,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, houve queda de 4,3%.

O preço médio do leite pago ao produtor ficou em R$ 2,76 no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 22,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve estabilidade no preço, informou o IBGE.

O Sul concentrou 39,6% da captação total de leite cru, seguida pelas regiões Sudeste (36,3%), Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (9,3%) e Norte (3,9%).

O acréscimo de 210,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional no primeiro trimestre deste ano ante o primeiro trimestre de 2024 foi proveniente de aumentos registrados em 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas mais significativas ocorreram no Paraná (+91,56 milhões de litros), Minas Gerais (+34,46 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+27,31 milhões de litros), Sergipe (+21,98 milhões de litros), Goiás (+15,87 milhões de litros) e Bahia (+11,35 milhões de litros). Na direção oposta, as principais quedas foram registradas no Rio de Janeiro (-9,88 milhões de litros), Mato Grosso (-7,35 milhões de litros) e Rondônia (-4,53 milhões de litros).

O Estado de Minas Gerais manteve a liderança no ranking de aquisição de leite, com 25,1% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%), Santa Catarina (12,2%) e Rio Grande do Sul (12,0%).

Couro

A aquisição de couro cru bovino no País somou 10,75 milhões de peças inteiras no primeiro trimestre de 2025, de acordo com IBGE. O resultado representa uma alta de 15,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o quarto trimestre de 2024, houve elevação de 8,1%.

A pesquisa do IBGE investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.

O aumento de 1,46 milhão de peças adquiridas no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior foi decorrente de avanços em 12 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As altas mais expressivas ocorreram em Goiás (+1,03 milhão de peças), Mato Grosso do Sul (+94,47 mil peças) e Pará (+63,51 mil peças). A principal queda foi registrada em São Paulo (-51,30 mil peças) e no Mato Grosso (-44,93 mil peças).

O Estado de Goiás manteve a liderança na aquisição de peças de couro cru de bovino para processamento, com 23,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (14,5%) e Mato Grosso do Sul (11,7%).

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