Bebê Reborn: Homem agride bebê achando ser boneca em BH e é solto após pagar fiança

Um caso ocorrido em Belo Horizonte tem gerado debates sobre os limites da responsabilidade penal e a repercussão pública de atitudes violentas. Na noite do dia 5 de junho, um homem agrediu uma bebê de quatro meses, alegando ter confundido a criança com uma boneca do tipo reborn. O episódio aconteceu na região da Savassi, uma das áreas mais movimentadas da capital mineira, e foi presenciado por diversas pessoas que intervieram para conter o agressor.

Pontos Principais:

  • Bebê foi agredida com tapa por homem que achou se tratar de uma boneca reborn.
  • Suspeito foi preso em flagrante e solto após audiência com pagamento de fiança.
  • Criança foi socorrida e teve alta após inchaço causado pela agressão na cabeça.
  • Homem responderá em liberdade, com obrigações judiciais como curso educativo.
  • Polícia investiga o caso, e Ministério Público acompanha o cumprimento das medidas.

A criança estava no colo da mãe, ao lado do pai, em um food truck localizado na avenida Getúlio Vargas. O homem, que aguardava atendimento na fila, começou a interagir com a família e perguntou se a criança era uma boneca. Mesmo com a resposta negativa do pai, ele teria insistido na ideia e, em seguida, deu um tapa com a mão aberta na cabeça da bebê, causando um inchaço atrás da orelha. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou a criança ao pronto-socorro. O homem foi preso em flagrante.

A agressão gerou indignação entre as pessoas presentes no local e, posteriormente, nas redes sociais. Imagens do momento da prisão circularam amplamente, aumentando a visibilidade do caso. A bebê foi atendida no Hospital João XXIII e teve alta no dia seguinte. O agressor, por sua vez, foi levado à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, onde prestou depoimento.

Prisão e audiência de custódia

No domingo, 8 de junho, o suspeito participou de audiência de custódia, quando foi concedida sua liberdade mediante o pagamento de fiança. A decisão da juíza seguiu a recomendação do Ministério Público, que considerou que o homem não possuía antecedentes criminais, tinha residência fixa e emprego regular. A fiança foi fixada em três salários mínimos, totalizando R$ 4.554.

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A magistrada também impôs medidas adicionais: o suspeito deve comparecer mensalmente ao fórum para prestar esclarecimentos e está obrigado a participar de um curso educativo. Essas medidas têm como objetivo garantir o acompanhamento do caso enquanto o processo tramita na Justiça, e impedir reincidência durante o andamento da ação penal.

O advogado do homem, Adriano Andrade, declarou que seu cliente está arrependido e ficou abalado com a repercussão do caso. Ainda segundo a defesa, o acusado acreditava de fato que se tratava de uma boneca e não teve intenção deliberada de agredir uma criança. O advogado também afirmou que seu cliente demonstrou sobriedade no momento da abordagem, apesar de admitir que havia consumido bebida alcoólica.

Dinâmica da agressão e consequências

De acordo com o boletim da Polícia Militar, a agressão ocorreu de forma repentina. Testemunhas relataram que o homem parecia estar brincando com a criança, mas, ao insistir que ela era uma boneca e não aceitar a negativa dos pais, desferiu o golpe. A mãe da bebê afirmou que o homem demonstrou irritação após a recusa dela em ceder a vez na fila, o que pode ter influenciado sua atitude.

A criança foi levada imediatamente ao atendimento médico, onde foi constatado o inchaço na cabeça. A posição em que a bebê se encontrava, no colo da mãe, somada à sua fragilidade física, foi considerada pelos socorristas como um fator de risco elevado. Felizmente, não foram detectadas lesões mais graves, e a criança recebeu alta médica no dia seguinte.

O agressor, contido por pessoas que estavam próximas, apresentou escoriações no braço ao ser dominado e também passou por avaliação médica antes de ser levado à delegacia. A delegada responsável pelo caso confirmou a prisão em flagrante por lesão corporal e iniciou a tramitação do inquérito.

Investigação em andamento

A Polícia Civil informou que o caso seguirá sendo apurado, com coleta de depoimentos adicionais e avaliação dos laudos médicos. A análise dos antecedentes e do comportamento do acusado durante o processo será considerada pelas autoridades para possível definição de medidas futuras.

O Ministério Público também acompanha o caso para avaliar o cumprimento das medidas impostas e possíveis agravantes. A promotoria poderá solicitar novos esclarecimentos ou propor ações adicionais, caso entenda que as circunstâncias envolvem fatores que não foram totalmente explorados na audiência de custódia.

Enquanto o processo tramita, o homem permanecerá em liberdade condicionada. A Justiça de Minas Gerais deve acompanhar seu comparecimento periódico e sua participação no curso educativo, que será supervisionado por órgão competente. O desdobramento do caso poderá envolver audiências futuras com a presença de testemunhas e profissionais da área de saúde.

Repercussão pública e debate social

O episódio provocou repercussão imediata nas redes sociais, com comentários críticos sobre a liberação do acusado. Usuários expressaram indignação com o fato de uma agressão contra uma criança resultar em fiança e medidas alternativas, em vez de prisão preventiva. O caso também trouxe à tona discussões sobre a banalização da violência em locais públicos.

Especialistas em direito penal destacam que a decisão da juíza seguiu os parâmetros legais, especialmente considerando a ausência de antecedentes e a tipificação da lesão como leve. No entanto, movimentos ligados à infância e à proteção de vulneráveis cobram mudanças na legislação para endurecer as penas em casos de violência contra crianças, independentemente do grau da lesão.

Também foi retomado o debate sobre a popularização das bonecas reborn, que se assemelham a recém-nascidos com alto grau de realismo. A semelhança visual pode causar confusões, como demonstrado neste caso, ainda que o argumento não seja suficiente para justificar uma agressão. A repercussão reabriu discussões sobre regulação e responsabilidade individual em interações sociais.

Fonte; CNN e Folha.

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