Nego Di é condenado a 11 anos por estelionato após golpes em loja virtual no RS

Nego Di, humorista e ex-participante do Big Brother Brasil 21, foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo crime de estelionato. A decisão, proferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas (RS), também atingiu seu sócio, Anderson Bonetti, que foi responsabilizado pelo mesmo período de reclusão. Ambos foram considerados culpados por aplicar golpes por meio de uma loja virtual fraudulenta.

Pontos Principais:

  • Nego Di foi condenado a 11 anos e 8 meses por estelionato em Canoas (RS).
  • A loja virtual TADIZUERA anunciava produtos baratos, mas não entregava nada.
  • O ex-BBB usou sua imagem pública para atrair vítimas e dar credibilidade ao golpe.
  • Mais de 370 fraudes foram registradas; a sentença reconheceu 16 vítimas formais.
  • O sócio Anderson Bonetti segue preso; Nego Di está solto sob medidas cautelares.

De acordo com a sentença, os crimes ocorreram entre março e julho de 2021, período em que a loja chamada TADIZUERA anunciava a venda de produtos como televisores, smartphones e aparelhos de ar-condicionado com valores significativamente abaixo do mercado. As vítimas, localizadas em sua maioria na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, realizaram pagamentos sem receber os produtos comprados ou o reembolso correspondente.

O ex-BBB Nego Di foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão por fraudes em loja virtual.
O ex-BBB Nego Di foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão por fraudes em loja virtual.

A magistrada responsável pelo caso destacou que os acusados usaram a credibilidade pública de Nego Di, construída por sua exposição nacional no programa televisivo, como instrumento para atrair vítimas. Segundo a juíza, a visibilidade do influenciador retardou a percepção de fraude, ampliando o número de pessoas prejudicadas e os valores obtidos de maneira ilícita.

Investigação e julgamento

O processo criminal teve início a partir de um inquérito policial que reuniu provas de 370 ocorrências de estelionato associadas à atuação da loja virtual TADIZUERA. O levantamento indicou um padrão reiterado de conduta, com a publicação de anúncios de produtos sem que houvesse qualquer estrutura logística para entrega. A prática foi considerada parte de um esquema organizado com finalidade lucrativa.

Na decisão, a juíza Patrícia Pereira Tonet descreveu o funcionamento da loja como estruturado com o objetivo específico de ludibriar os consumidores. Ela apontou que os golpes foram direcionados, principalmente, a pessoas com recursos financeiros limitados, que buscavam bens essenciais a preços mais acessíveis. Essa estratégia, segundo a sentença, agravou o impacto social da fraude.

A condenação inclui ainda a constatação de que os responsáveis obtiveram lucros expressivos ao longo do período em que a atividade criminosa foi mantida. A Justiça classificou a operação da loja como fraudulenta desde o início, com todos os elementos indicando que não havia qualquer intenção de cumprimento das promessas comerciais divulgadas.

Conduta e consequências

Nego Di e Anderson Bonetti foram presos preventivamente em julho de 2024, durante o andamento das investigações. O humorista permaneceu detido até novembro do mesmo ano, quando foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça. Desde então, responde ao processo em liberdade, sob medidas cautelares, incluindo a proibição de uso de redes sociais.

No caso de Anderson Bonetti, o tribunal determinou que ele continue preso, uma vez que não foi concedido o direito de recorrer em liberdade. As autoridades consideraram o risco de continuidade da prática criminosa e a possibilidade de obstrução do processo como razões para manter a prisão preventiva.

A magistrada também observou que o uso da imagem pública de Nego Di contribuiu diretamente para a efetividade dos crimes. A visibilidade conquistada pelo humorista após sua participação em um reality show de alcance nacional foi explorada como ferramenta para aumentar a confiança dos consumidores e expandir a clientela da loja.

Repercussão e próximos passos

A decisão judicial foi comunicada nesta terça-feira (10/06/2025) e repercutiu amplamente nas redes sociais e em veículos de comunicação. Até o momento, a defesa de Nego Di não se manifestou oficialmente sobre a sentença, mas foi procurada para apresentar um posicionamento. O conteúdo será atualizado conforme haja resposta.

O caso traz à tona discussões sobre o uso da influência digital em contextos comerciais e a responsabilidade dos influenciadores diante do público. A condenação também reacende o debate sobre crimes praticados no ambiente virtual, que têm se tornado mais frequentes com a popularização do comércio eletrônico e a exposição pública de figuras conhecidas.

Segundo o Judiciário, a sentença proferida poderá ser contestada em instâncias superiores. O trâmite de recursos depende do cumprimento de prazos legais e de novas análises por parte dos tribunais. Até que haja nova decisão, permanecem válidas as medidas impostas a ambos os réus.

Fonte: Correiodopovo e Uol.

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