Greve de ônibus hoje: Manobrista é morto a tiros na Grande Vitória

A morte violenta de um trabalhador do transporte coletivo interrompeu a rotina da Grande Vitória na manhã de terça-feira, 10 de junho. Clovis Brás Júnior, manobrista de 31 anos, foi morto a tiros ao chegar à garagem da empresa Santa Zita, que integra o sistema Transcol, no bairro São Francisco, em Cariacica. O crime ocorreu na noite anterior e deixou motoristas e demais colegas em estado de choque, levando à paralisação do serviço em sinal de luto e protesto.

Pontos Principais:

  • Manobrista de 31 anos foi morto a tiros ao chegar para trabalhar em Cariacica.
  • Paralisação de ônibus afetou cidades da Grande Vitória por cerca de duas horas.
  • Sindicato denunciou insegurança constante para trabalhadores do transporte.
  • Categoria cobra medidas urgentes do governo e das empresas de transporte.

Logo no início da manhã, os ônibus permaneceram retidos nas garagens por cerca de duas horas, afetando milhares de passageiros em cidades como Vitória, Serra e Vila Velha. Pontos de ônibus ficaram lotados, e muitos usuários buscaram alternativas como caronas ou transporte por aplicativo. A retomada das operações só aconteceu após uma reunião entre os trabalhadores e o Sindicato dos Rodoviários.

Segundo relatos de testemunhas, o manobrista foi surpreendido por um criminoso ao chegar para o trabalho. Tentou fugir, mas foi atingido por disparos que perfuraram a porta do carona do seu carro. Nenhum suspeito havia sido preso até o momento da última atualização da reportagem. Clovis era funcionário da garagem que fica em uma área isolada e de difícil acesso.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcos Alexandre, afirmou que o local onde o crime aconteceu é mal iluminado, afastado e sem estrutura adequada para receber os trabalhadores com segurança. De acordo com ele, os funcionários são obrigados a caminhar até dois quilômetros a pé até a garagem, muitas vezes durante a madrugada ou à noite, sujeitos à violência.

A manifestação dos motoristas teve também como objetivo denunciar um padrão de insegurança enfrentado diariamente por esses profissionais. O presidente do sindicato relatou que há uma sequência de assaltos a ônibus, roubos de veículos e até ataques com faca, que vêm sendo enfrentados sem apoio suficiente das empresas ou do poder público. O clima de tensão aumenta com a sensação de abandono vivida pela categoria.

Durante a paralisação, Marcos Alexandre pediu paciência à população, destacando que os trabalhadores estão se arriscando para garantir o transporte da população e que, diante de situações extremas como a morte de um colega, é necessário agir. Ele reforçou que a intenção era chamar a atenção das autoridades estaduais e das empresas para a urgência de medidas de segurança.

A Polícia Civil, Polícia Militar, a Secretaria de Mobilidade, a Ceturb e o GVBus foram procurados pela imprensa, mas nenhuma das instituições havia emitido nota oficial até a publicação da reportagem. O caso segue em investigação, enquanto os trabalhadores voltaram a circular, ainda sob o impacto da tragédia.

Fonte: G1 e Agazeta.

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