Frota fala sobre a indústria pornográfica: ‘Fiz para não morrer de fome’

Nem todo mundo tem coragem de olhar para o próprio passado com franqueza. Mas Alexandre Frota, como sempre, não foge de polêmica, e nem das escolhas que fez para sobreviver. Em participação emocionante no Domingão com Huck (Globo), no último domingo (8), o ex-ator e ex-deputado federal abriu o coração ao relembrar a fase em que se tornou uma das estrelas do cinema pornô nacional, nos anos 2000.“Eu decidi fazer filme pornô para não morrer de fome. Simples assim”, declarou, com a voz embargada.Leia mais:Alexandre Frota não se arrepende de carreira pornô: “adoro”Frota escreve carta emocionante a Huck pedindo para voltar à TV GloboAlexandre Frota relembra pegação com homens em revistaFrota começou a gravar produções adultas em 2004, quando procurou diretamente a produtora Brasileirinhas, sem convite, sem rodeios, e com um cachê de R$ 500 mil e um apartamento no pacote. Entre 2004 e 2009, estrelou mais de 20 filmes, distribuídos também pelas produtoras Celebridades Sexy e SexSites. “Sempre fui viciado em sexo. Quando perdi tudo, pensei: o que eu mais gosto de fazer? Sexo. Era a opção mais fácil. E ganhei muito dinheiro. Dinheiro forte”, confessou em conversa anterior com Leo Dias.Quer ler mais notícias de Fama? Acesse o nosso canal no WhatsApp!Travesti, tabu e lucrosEm 2006, protagonizou um dos seus filmes mais comentados, ao lado da travesti Bianca Soares. A ideia do longa foi do próprio Frota, que revelou ter lucrado R$ 120 mil com a produção. “Fui lá, fiz o que tinha que fazer e acabou o assunto”, disse ao podcast 4Talk Cast. “Conheço um monte de gente que queria ter tido uma relação com travesti e não teve. Eu tive.”O ex-ator não se esquiva das críticas, principalmente vindas de setores conservadores, que, segundo ele, conhecem “detalhe por detalhe” do que tanto reprovam. “O Bananinha mesmo disse que eu nunca deveria ter parado. Acho que gostou muito”, ironizou.“Não faria de novo”Hoje, aos 61 anos, Frota garante que não voltaria ao universo pornô, mas também diz não se arrepender. Para ele, pornografia maior é a corrupção que assola o país. “Quem nunca assistiu a um filme adulto? A grande pornografia é roubar o país. De resto, irmão, o corpo é meu, a vida é minha. Ganhei meu dinheiro, me diverti. Está tudo certo”, afirmou à Veja.
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