“Fiscal não será resolvido com medidas paliativas”, diz economista

O economista VanDyck Silveira fez críticas à proposta do governo federal de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como forma de compensar o desequilíbrio fiscal. Em entrevista à BM&C News, ele classificou a medida como “paliativa” e apontou que o imposto é ineficiente e prejudica investimentos.

Aumentar o IOF é simplesmente empurrar o problema com a barriga. É um imposto altamente ineficiente, que onera investimentos e não resolve a questão estrutural do gasto público”, afirmou Silveira.

Problema fiscal é estrutural, não tributário

Para Silveira, o verdadeiro desafio fiscal do Brasil está nos gastos obrigatórios que consomem boa parte do orçamento da União. Ele defende que o país só terá equilíbrio sustentável quando enfrentar reformas em áreas como previdência, salário mínimo e vinculações constitucionais.

Enquanto não houver uma revisão séria de despesas como o salário mínimo, as vinculações obrigatórias e a previdência, o problema fiscal continuará sem solução”, alertou o economista.

Governo segue caminho de curto prazo, mas fiscal exige mais

O economista também criticou a tendência do governo de buscar soluções rápidas por meio de aumentos de arrecadação, ao invés de enfrentar o debate sobre a eficiência dos gastos públicos. Para ele, decisões como o aumento do IOF priorizam pressões políticas imediatas e desconsideram os impactos econômicos de longo prazo.

Estamos tributando o que é fácil, não o que é necessário. Isso prejudica o setor produtivo e penaliza a sociedade com um sistema cada vez mais distorcido”, disse.


Fiscal no radar: sem cortes estruturais, receita adicional não resolve

Silveira encerrou sua análise destacando que aumentar impostos, sem revisar os gastos, é uma fórmula ineficaz para resolver o rombo fiscal. Ele reforçou que a sustentabilidade das contas públicas depende de responsabilidade e coragem política para enfrentar reformas impopulares, mas necessárias.

Não se trata de ser contra programas sociais ou políticas públicas, mas de entender que qualquer programa precisa caber no orçamento. Sem controle sobre os gastos, qualquer tentativa de aumento de receita se tornará inútil”, concluiu.

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