Depoimento Bolsonaro ao vivo; veja onde assistir hoje (10/06)

Com o país atento ao julgamento da suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder, o ex-presidente comparece ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, às 14h30, para depor. A sessão, transmitida ao vivo pela TV Justiça e também exibida pelo UOL, é um marco na investigação que apura a articulação de integrantes do alto escalão do governo anterior para interromper a ordem democrática. O interrogatório é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Pontos Principais:

  • Bolsonaro depõe no STF hoje às 14h30, com transmissão ao vivo pela TV Justiça.
  • Mauro Cid afirmou que Bolsonaro leu e alterou minuta do golpe, retirando nomes.
  • Ramagem admitiu ausência de provas contra urnas e negou espionagem via Abin.
  • Heleno ficou em silêncio; Braga Netto será ouvido por videoconferência.
  • Depoimentos revelam articulação golpista com uso de dinheiro e influência militar.

O processo penal envolve oito réus, entre eles nomes do primeiro escalão das Forças Armadas e ex-integrantes do governo Bolsonaro. Antes do ex-presidente, já foram ouvidos Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres e Augusto Heleno. Os interrogatórios seguem ordem definida previamente e têm participação, além de Moraes, do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A dinâmica inclui também perguntas feitas por advogados dos demais réus.

O STF ouve Bolsonaro nesta terça em julgamento sobre tentativa de golpe. A sessão é transmitida ao vivo e promete revelações de bastidores do ex-governo.
O STF ouve Bolsonaro nesta terça em julgamento sobre tentativa de golpe. A sessão é transmitida ao vivo e promete revelações de bastidores do ex-governo.

No primeiro dia, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator, confirmou a existência da minuta do golpe e afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro teve acesso ao documento, leu e chegou a modificar trechos. Cid declarou que o texto original incluía a prisão de autoridades, mas Bolsonaro teria “enxugado” a proposta para manter apenas o nome do ministro Alexandre de Moraes. O ex-ajudante de ordens garantiu que não foi coagido em sua colaboração.

Cid também contou que entregou uma caixa de vinho com dinheiro ao major Rafael de Oliveira por ordem do general Braga Netto. O valor seria destinado ao financiamento de ações relacionadas ao plano golpista. A declaração reforça suspeitas de que militares de alta patente estavam diretamente envolvidos em articulações financeiras e logísticas para a quebra da ordem institucional.

Durante o segundo dia de julgamento, o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, afirmou que nunca houve provas de fraudes nas urnas eletrônicas. Ele disse que fez anotações pessoais, mas não as repassava ao então presidente. Questionado por Moraes se utilizou a Abin para monitorar ministros do STF, Ramagem negou veementemente. A ausência de evidências de fraude enfraquece ainda mais a retórica sustentada pelo entorno de Bolsonaro durante e após as eleições.

O depoimento do general Augusto Heleno foi marcado pelo silêncio estratégico. Ele se recusou a responder a perguntas feitas por Moraes, numa tentativa de se proteger juridicamente. Apesar disso, momentos de tensão foram registrados quando o advogado de Heleno pediu que a próxima sessão começasse mais tarde, após as 9h. Moraes concedeu, com resposta irônica, marcando para as 9h02, arrancando risos na sala.

O general da reserva Braga Netto, preso no Rio de Janeiro, será o último a prestar depoimento, por videoconferência. Com papel central nas acusações, ele figura como um dos principais nomes ligados à estruturação do plano de golpe. Ao longo das oitivas, o ministro Alexandre de Moraes tem adotado postura firme, utilizando as declarações colhidas para montar um quadro que aponta para uma articulação coordenada e estruturada envolvendo diferentes órgãos e níveis do antigo governo.

Fonte: STF.

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