Cientistas encontram substâncias tóxicas em aves marinhas mortas no litoral de SP


Estudo foi conduzido por pesquisadores da Unesp de Rio Claro. Metais pesados foram identificados em Ilhabela e em São Sebastião, no Litoral Norte de SP. Cientistas encontram substâncias tóxicas em aves marinhas
Uma pesquisa do Centro de Estudos Ambientais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) constatou a presença de elementos que podem ser tóxicos em aves marinhas, como cádmio e arsênio, no Litoral Norte de São Paulo.
O levantamento foi feito por pesquisadores da unidade de Rio Claro e analisou o acúmulo de resíduos e como eles podem chegar até aos animais que se alimentam do que tem no mar.
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Segundo os cientistas, o objetivo era entender como diversos tipos de substâncias podem afetar as espécies ao longo do tempo.
E o resultado acende um alerta. Os cientistas apontaram a presença de metais no fígado de aves marinhas encontradas mortas no sul do Oceano Atlântico.
As amostras foram coletadas no canal entre Ilhabela e São Sebastião e também na costa de São Sebastião.
Ao todo, foram estudadas 51 aves divididas em 9 espécies, entre residentes e migratórias. Foi a partir de carcaças encontradas nessa área que os pesquisadores identificaram o acúmulo dos metais.
imagem de arquivo – Aves são comuns em praias.
Nilson Coelho / R3 Animal
Entre os metais encontrados estão cobre e zinco – que não têm grande potencial de toxidade -, mas também foram identificados cádmio e arsênio, os mais tóxicos.
O Litoral Norte de São Paulo é habitat de muitas espécies: são cerca de 70 aves marinhas. Ou seja, uma zona importante para o monitoramento ambiental.
Segundo especialistas, pesquisas como essas são importantes, não só para definir estratégias para frear a poluição marítima, como também para direcionar trabalhos de recuperação e conscientização.
“Mesmo que baixíssimas concentrações, isso provoca danos aos animais. A primeira coisa era monitorar a concentração desses elementos e a segunda é acompanhar e identificar os processos que ocorrem”, explicou Amauri Antônio Menegário, professor pesquisador do CEA da Unesp de Rio Claro.
Cientistas encontram substâncias tóxicas em aves marinhas mortas no litoral de SP
Reprodução/TV Vanguarda
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