Portugal vence nos pênaltis: onde assistir o duelo histórico contra a Espanha na final da Nations (08/06)

A final da UEFA Nations League disputada entre Portugal e Espanha neste domingo (08) foi marcada por intensidade, simbolismo e uma forte carga emocional. Realizada na Allianz Arena, em Munique, a decisão terminou empatada por 2 a 2 no tempo regulamentar e na prorrogação, sendo decidida nos pênaltis. A seleção portuguesa, com Cristiano Ronaldo como protagonista mais uma vez, venceu por 5 a 3 nas penalidades e conquistou o bicampeonato do torneio. Aos 40 anos, o camisa 7 marcou o gol do empate no segundo tempo e, mesmo saindo lesionado, foi essencial na trajetória que consagrou Portugal como a primeira seleção a vencer duas edições da competição.

Desde o apito inicial, ficou claro que não seria um jogo comum. Portugal adotou uma postura mais agressiva, pressionando a saída de bola espanhola e forçando erros nos minutos iniciais. A Espanha, por sua vez, recorreu aos lançamentos longos buscando Nico Williams pelo lado esquerdo. O gol de abertura foi espanhol: Zubimendi finalizou com liberdade após tabela com Yamal, que vinha sendo marcado de perto por CR7. Portugal respondeu rapidamente com Nuno Mendes, que apareceu livre na esquerda para empatar. A reta final da primeira etapa seguiu movimentada, e Oyarzabal colocou novamente a Fúria em vantagem após belo passe de Pedri pelo centro.

O segundo tempo teve mudança de postura portuguesa, que iniciou mais recuada e viu a Espanha dominar a posse de bola. Mesmo assim, as chances mais perigosas vinham do lado lusitano. Aos 15 minutos, após jogada de Nuno Mendes pela esquerda e desvio da zaga, Cristiano Ronaldo finalizou com firmeza e empatou a partida mais uma vez. Pouco depois, sentindo dores na coxa, o capitão português deixou o campo emocionado. A partir daí, o jogo ficou mais físico e truncado, com poucas oportunidades claras. A Espanha ensaiava controlar o ritmo, mas não conseguia ser contundente.

Durante a prorrogação, os dois times acusaram o desgaste físico. Rafael Leão sofreu falta dentro da área, que gerou reclamações intensas dos portugueses, mas o árbitro mandou seguir. Pedro Porro ainda tentou de longa distância, mas sem sucesso. No geral, o tempo extra foi travado, com ambas as seleções temendo o erro. O empate persistiu e os pênaltis se tornaram inevitáveis. Do banco, Cristiano Ronaldo assistia às cobranças com o rosto coberto, nervoso, enquanto o restante da equipe se preparava para definir o título na marca da cal.

Nas penalidades, Portugal foi preciso. Gonçalo Ramos abriu a série com um chute firme no meio. Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes e Rúben Neves também converteram. Pela Espanha, Merino, Baena e Isco fizeram suas partes, mas Álvaro Morata desperdiçou sua cobrança ao isolar a bola. Coube a Neves finalizar com frieza e selar a conquista portuguesa, em uma noite que marcou o fim de um ciclo para alguns veteranos e o início de questionamentos para os jovens espanhóis.

Do ponto de vista simbólico, a partida representou um encontro de gerações. De um lado, Cristiano Ronaldo, que participou ativamente dos três títulos da história da seleção portuguesa — Euro 2016, Nations League 2019 e agora o bicampeonato. Do outro, Lamine Yamal, de apenas 17 anos, considerado a maior promessa da Espanha e já titular em uma final internacional. Apesar da atuação apagada, Yamal foi defendido publicamente por Ronaldo, que pediu que o deixem crescer com tranquilidade e profetizou que ele ainda conquistará muitos títulos.

Além do impacto esportivo, o resultado da Nations League também mexe com a estrutura das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. A UEFA utilizou os resultados das quartas de final da competição para definir os grupos do torneio qualificatório. Portugal, com a conquista, garante moral e confiança para o que vem pela frente, incluindo a participação no novo formato do Mundial de Clubes. A seleção espanhola, por sua vez, terá de ajustar suas engrenagens, sobretudo no setor ofensivo, que foi bem marcado e pouco produtivo no segundo tempo e na prorrogação.

Com o apito final, ficou evidente que o futebol europeu vive uma transição. Enquanto veteranos como Cristiano Ronaldo desafiam o tempo e ainda decidem, os jovens talentos começam a entender o peso de uma final. O choro do camisa 7 português no gramado após o título não foi apenas um desabafo pessoal, mas uma representação coletiva de um time que soube sofrer, reagir e vencer. Portugal, mais uma vez, escreveu seu nome entre os grandes do continente — e a Europa viu isso acontecer diante de um novo ciclo que se aproxima.

Fonte: Lance, Uol, Ge e Lance.

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