Mercado eleva previsão de crescimento econômico a 2,18% em 2025

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 foi elevada de 2,13% para 2,18%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta 2ª feira (9.jun.2025). A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto ) -soma dos bens e serviços produzidos no país- ficou em 1,81%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os 2 anos. Eis a íntegra do boletim (PDF – 756 kB).

Puxada pela agropecuária, a economia brasileira cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025, segundo o IBGE. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o 4º ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,80 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,89.

Inflação

A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 passou de 5,46% para 5,44%. Para 2026, a projeção ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,85%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em abril, a inflação oficial fechou em 0,43%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos e de produtos farmacêuticos.

O resultado mostra desaceleração pelo 2º mês seguido, depois de o IPCA ter marcado 1,31% em fevereiro e 0,56% em março. No acumulado em 12 meses, o índice divulgado pelo IBGE soma 5,53%.

Para maio, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36%. O resultado da inflação oficial será divulgado na 3ª feira (10.jun) pelo IBGE.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,75% ao ano.

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em 0,5 ponto percentual na última reunião, no mês passado, o 6º aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que deve ser feito na próxima reunião, na metade de junho. Só afirmou que o clima de incerteza permanece alto e exigirá prudência da autoridade monetária, tanto em eventuais aumentos futuros como no período em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.

A estimativa do mercado financeiro é de que a taxa básica encerre 2025 neste patamar. Para o fim de 2026, a expectativa é de que a taxa básica caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.


Com informações da Agência Brasil.

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