Ibovespa recua com foco nas incertezas fiscais

O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira, 9 de junho de 2025, em queda de 0,30%, aos 135.699 pontos, mantendo o viés negativo que marcou os últimos pregões. Esta foi a quinta sessão consecutiva de baixa do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), refletindo o aumento da cautela dos investidores em meio ao cenário fiscal doméstico.

O volume financeiro negociado no pregão totalizou cerca de R$ 19,96 bilhões, levemente abaixo da média diária, indicando menor apetite ao risco por parte dos agentes de mercado.

Destaques negativos puxam o índice

Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) registraram desvalorização expressiva, impactados por um cenário externo de correção nos preços do petróleo e pela percepção de risco político com relação à política de dividendos da estatal. As ações preferenciais caíram 1,5%, enquanto as ordinárias recuaram 1,2%.

O setor financeiro também pressionou o Ibovespa, com destaque para Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), ambos com quedas superiores a 1%, em meio à discussão sobre mudanças na tributação de aplicações financeiras isentas, como LCIs e LCAs.

Contexto fiscal domina a narrativa

No campo político-econômico, as discussões em torno da nova proposta de ajuste fiscal apresentada pelo governo federal ampliaram o clima de incerteza. O pacote inclui alterações na alíquota do IOF, revisão de isenções fiscais e taxação de apostas online, o que gerou ruídos no mercado e receio quanto à eficácia das medidas para conter o rombo fiscal.

Câmbio acompanha cenário interno e externo

O dólar comercial recuou 0,13%, sendo cotado a R$ 5,5625, no menor nível desde outubro de 2024. O movimento foi influenciado tanto pela perspectiva de menor pressão inflacionária nos Estados Unidos quanto pela percepção de que o Banco Central brasileiro poderá manter a taxa de juros inalterada por mais tempo.

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