Equipamentos de ponta auxiliam no tratamento de vítimas com queimaduras no CHSL


Equipamentos utilizados em hospitais de alta complexidade e centros credenciados para tratamento de grandes queimados beneficiam muito a saúde de pacientes de Pouso Alegre e região. Crédito: Divulgação

O Complexo Hospitalar Samuel Libânio (CHSL) adquiriu recentemente equipamentos de ponta como os dermátomos elétricos e um expansor de pele chamado Mesh Graph da marca Humeca ®. Eles são equipamentos utilizados em hospitais de alta complexidade e centros credenciados para tratamento de grandes queimados e que vem beneficiando sobremaneira a saúde dos pacientes de Pouso Alegre e região.
“As funções dos dermátomos elétricos são de fazer retiradas de pele de forma precisa dos pacientes enquanto o aparelho expansor de pele prepara e aumenta o diâmetro da pele retirada, fazendo assim o transplante para as áreas comprometidas em pacientes com médias e grandes queimaduras. São equipamentos de alta tecnologia desenvolvidos para conseguir retiradas de pele com maior precisão e, portanto, com menor prejuízo para pacientes e maior eficiência na hora de fazer o enxerto”, ressalta o médico cirurgião plástico, Marcelo Prado de Carvalho.
A diretora administrativa do CHSL, Jusselma Reis, enfatiza sobre a importância da aquisição.
“O Complexo Hospitalar Samuel Libânio está sempre inovando, trazendo melhorias para assistência dos nossos pacientes e foi habilitado como Centro de Tratamento de Queimados tipo 2, sendo referência para os 32 municípios da nossa região. Com isso, adquirimos equipamentos de ponta, os dermátomos, expansores de pele, facas de Blair, que são materiais essenciais para nossa equipe de cirurgia plástica cuidar e tratar os pacientes vítimas de queimaduras”.
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O CHSL é referência Nível 2 em atendimentos à vítimas de queimaduras de causas diversas no Estado de Minas Gerais. Com uma ocorrência sazonal do número de casos de pacientes classificados em médios a grandes queimados, como também, pacientes vindos dos atendimentos de urgência e emergência do Pronto Socorro, daqueles que sofreram vários tipos de trauma, com perda de pele em que há necessidade de fazer vários enxertos.
“Mensalmente são feitos em torno de 5 a 10 procedimentos mensais em pacientes com necessidades de enxertos de pele. Neste momento, dispomos de aparelhos que qualificam nosso trabalho, tentando diminuir as complicações em pacientes que podem evoluir com sequelas marcantes e muitas vezes graves, diminuindo o seu sofrimento e o risco de morte e, a longo prazo, melhorando a qualidade de vida para todo paciente que for tratado pela equipe. Podemos afirmar que esse equipamento é um grande diferencial para o Hospital Samuel Libânio” afirma Dr. Marcelo.
Dr. Marcelo explica de uma forma simples a importância do equipamento:
“Estes aparelhos, os dermátomos elétricos, possuem uma tecnologia que funciona como se fosse um barbeador elétrico, só que com lâminas muito finas, com grande capacidade de corte. Com um bom fio de corte, eles conseguem tirar lâminas de pele das mais variadas espessuras e larguras precisas. Visando tratar as vítimas de queimaduras em locais do corpo diferentes em que necessitam de peles com espessuras diferentes. Além disso, com esses aparelhos, conseguirmos tirar os enxertos em poucas áreas de pele saudável disponíveis nestes pacientes e em várias partes do corpo”, esclarece.
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O cirurgião faz questão de agradecer a diretoria da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS) que propiciou a aquisição dos equipamentos.
“Esperávamos com ansiedade essa grande aquisição. Esses equipamentos melhoram a qualidade do atendimento e a qualidade de vida do paciente trazendo melhores resultados e salvando vidas. Agora, fazemos enxertos de pele, com redução de tempo de internação, diminuindo as chances de infecções e desequilíbrios homeostáticos advindas das feridas expostas. Portanto, além de melhorar a reparação dos defeitos causados pelas queimaduras, conseguimos acelerar o processo de recuperação do paciente”, analisa Dr. Marcelo, egresso da Univás, que atua no CHSL desde 2004.
O Derma Nail Master, conhecido como expansor de pele, é muito raro em unidades hospitalares.
“Existem pouquíssimos hospitais com esse equipamento essencial para a cura dos pacientes, que recebem aqui no nosso hospital um atendimento de muita qualidade. Muito importante também a atuação de uma equipe multidisciplinar em casos mais graves, pois é muito complicado quando o paciente perde a proteção da pele, que faz a termorregulação do corpo, e fica suscetível a várias infecções. Então, no Centro Cirúrgico fazemos a finalização, repomos a pele do paciente para que ele tenha uma cura mais rápida, mas antes ele passa por cuidados com enfermeiros, médicos clínicos, terapia intensiva e muitos outros profissionais de saúde”, destaca a coordenadora do Centro Cirúrgico, Mônica de Carvalho Simões.

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