Caso do empresario encontrado morto interlagos tem novidade: possível briga com segurança é investigada

Representantes da empresa organizadora do evento de motociclistas no autódromo de Interlagos, em São Paulo, compareceram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta segunda-feira para prestar esclarecimentos sobre a morte de Adalberto Amarilo dos Santos Júnior. O empresário, de 35 anos, havia desaparecido após participar do evento realizado no último dia 30. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois, dentro de um buraco de obra na área interna do autódromo.

Segundo os investigadores, os representantes entregaram informações detalhadas sobre a logística e a segurança do evento. Eles também revelaram o número exato e a identificação dos seguranças que atuaram na ocasião, os quais estavam distribuídos em setores específicos dentro do autódromo. A investigação agora foca nesse grupo de profissionais, especialmente após o surgimento de indícios de que Adalberto teria se envolvido em uma confusão com um dos vigilantes.

Informações preliminares apontam que o empresário estava alterado no momento em que desapareceu, após ter consumido bebida alcoólica e maconha. Testemunhas relataram comportamentos desorientados, o que aumenta a hipótese de que ele tenha sido abordado por seguranças. Uma briga, segundo os investigadores, pode ter evoluído para uma agressão fatal. Ainda não se sabe, no entanto, se houve intenção de homicídio ou tentativa de contenção que resultou em morte acidental.

Um dos pontos que mais intrigam os policiais é o fato de que o local exato onde o corpo foi encontrado não era monitorado por câmeras. A área onde estava o buraco, dentro de uma zona de obra no autódromo, era a única sem cobertura de vigilância por vídeo, algo considerado fora do padrão para um espaço com dezenas de equipamentos de segurança. A polícia investiga se o equipamento foi removido antes ou depois da morte, o que poderia indicar tentativa de ocultar o crime.

O corpo do empresário foi localizado sem calça e sem os tênis. Apesar da condição em que foi encontrado, ele não apresentava ferimentos externos visíveis. Uma das hipóteses consideradas é que Adalberto tenha sido deixado no buraco ainda com vida, mas desacordado. A suspeita é de morte por compressão torácica, segundo indicaram os primeiros relatos da perícia. O laudo oficial do Instituto Médico Legal ainda é aguardado para confirmação da causa.

Todos os vigilantes que atuaram no evento estão sendo convocados para prestar depoimento, um a um, a partir desta terça-feira. A polícia pretende cruzar os relatos com imagens disponíveis, escalas de trabalho e eventuais lacunas de cobertura nas áreas monitoradas. A dinâmica do desaparecimento e a localização exata do corpo indicam que Adalberto não conseguiu sair por conta própria da zona onde foi achado.

A investigação também analisa o trajeto do carro do empresário e o momento em que ele deixou o prédio onde sua empresa estava instalada, próximo ao autódromo. O desaparecimento dele coincidiu com a dispersão do público do evento, o que pode ter dificultado a percepção imediata do sumiço. Para os investigadores, o caso avança com uma nova linha: a de que a morte tenha sido resultado direto de uma intervenção de segurança que saiu do controle.

Fonte: Sbtnews e G1.

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