Apple enfrenta críticas e pressão política na WWDC 2025 ao adiar Siri com IA e lançar visual Liquid Glass

A Apple deu início à WWDC 2025 nesta segunda-feira (9), em Cupertino, mas a atmosfera do evento esteve longe do brilho habitual. Sob pressão de acionistas e críticas do público, a empresa não entregou o que muitos consideravam a promessa mais aguardada do ano: a nova versão da assistente Siri com inteligência artificial integrada, anunciada ainda em 2024 com forte apelo publicitário e expectativa global.

Pontos Principais:

  • A Apple iniciou a WWDC 2025 sem apresentar a nova Siri com inteligência artificial prometida desde 2024.
  • Investigação revelou que a demonstração de 2024 da Siri era apenas um vídeo fictício, sem base funcional.
  • A empresa enfrenta desorganização interna entre as equipes de IA e Siri, operando sem integração.
  • Donald Trump impôs tarifas de até 25% sobre produtos da Apple produzidos fora dos EUA.
  • Apple lançou o design Liquid Glass com o iOS 26, redesenhando apps e interface com transparências e fluidez.

A ausência de qualquer menção prática à nova Siri gerou desconfiança. Investigações do portal The Information revelaram que a apresentação anterior foi meramente conceitual, com um vídeo encenado protagonizado pela atriz Bella Ramsey. A peça não representava um produto funcional. Segundo fontes internas, a Apple enfrenta sérios problemas de comunicação entre os times de IA e da Siri, operando de forma isolada e sem direção unificada.

Apple adia IA e lança iOS 26 com novo design Liquid Glass
Apple adia IA e lança iOS 26 com novo design Liquid Glass

O projeto de inteligência artificial interna se tornou alvo de atritos e desorganização, expondo a companhia a acusações de propaganda enganosa. O diretor John Giannandrea, responsável pela área, estaria coordenando equipes sem interface direta com o time da assistente virtual. Em um mercado cada vez mais competitivo, a Apple parece estar atrasada na corrida pela IA — e perdeu a oportunidade de recuperar terreno nesta WWDC.

Enquanto enfrenta uma crise de imagem, a Apple também está no centro de uma batalha geopolítica com os Estados Unidos. Reeleito, Donald Trump intensificou sua campanha para que empresas norte-americanas tragam sua produção de volta ao país. A Apple, que depende de fábricas na China e na Índia, corre o risco de sofrer com tarifas que podem chegar a 25% sobre produtos fabricados no exterior.

Apple enfrenta crise de IA e tarifas de Trump na WWDC 2025
Apple enfrenta crise de IA e tarifas de Trump na WWDC 2025

A medida coloca em xeque o modelo logístico da companhia. Estudo recente do Centro de Segurança e Tecnologia Emergente (CSET) mostrou que 41% dos estudantes chineses se formam em áreas técnicas de ciência e engenharia, enquanto nos EUA esse número não ultrapassa 20%. A pressão por nacionalização se choca com a realidade do mercado americano, que não possui infraestrutura nem mão de obra suficientes para suprir a demanda da Apple.

No mercado financeiro, a gigante de Cupertino já começa a sentir o impacto. Avaliada em US$ 3,05 trilhões, a Apple perdeu seu posto como empresa mais valiosa do mundo para a Microsoft e a Nvidia, que agora lideram o ranking global. A queda reflete não só a instabilidade política e técnica, mas também a crescente cobrança por inovação real em inteligência artificial.

Apesar do clima conturbado, a Apple apresentou um novo avanço visual: a linguagem de design Liquid Glass, que unifica o visual dos sistemas iOS, macOS, watchOS e tvOS. O conceito se inspira no vidro em movimento e traz elementos translúcidos, animações fluidas e personalizações adaptáveis à luz e ao fundo de tela. Tudo acontece em tempo real, com botões, ícones e barras de navegação respondendo dinamicamente ao contexto.

Pressão política e falhas internas ofuscam anúncio do iOS 26
Pressão política e falhas internas ofuscam anúncio do iOS 26

O Liquid Glass estará presente em todo o iOS 26, que chega ainda em 2025. O design será incorporado na tela de bloqueio, dock, widgets e aplicativos como Safari, Fotos, Câmera, Apple Music e FaceTime. Os ícones também ganham aparência semitransparente e compatibilidade com o modo escuro. Tudo isso só é possível graças ao poder de processamento dos dispositivos mais recentes, segundo a empresa.

Para desenvolvedores, a Apple liberou APIs específicas que permitem adaptar aplicativos ao novo padrão visual. Frameworks como SwiftUI, UIKit e AppKit foram atualizados para suportar a transição ao Liquid Glass, que se tornará o novo padrão de identidade da marca ao longo dos próximos anos.

Mesmo com o lançamento do novo design, o silêncio sobre a assistente de IA foi interpretado por muitos como um sinal de que a Apple ainda não encontrou seu caminho definitivo no campo da inteligência artificial. O que era para ser a principal virada da empresa neste ano acabou soterrado por atrasos, críticas e desconfiança generalizada.

Com informações de Tudocelular, Techtudo, InfoMoney e G1.

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