Empreendedorismo feminino movimenta o Festival Junino de Bragança

O colorido das bandeirinhas, o cheiro de tacacá e a farinha mais famosa do mundo, se uniram ao ritmo das quadrilhas que embalam mais que tradição no Festival Junino de Bragança, no nordeste paraense. Com duração de seis dias, o evento ganhou ainda mais força este ano com a presença expressiva de mulheres empreendedoras que aproveitaram a festa como oportunidade para impulsionar seus negócios, garantir uma renda extra e fortalecer a economia da cidade.Conteúdo relacionadoCastramóvel realiza 100 procedimentos gratuitos em cães e gatosDireito do consumidor: saiba o que fazer com as ligações abusivasBelém recebe feira de adoção pet neste sábado (07)Organizado pela Prefeitura de Bragança, o festival reservou espaços específicos para o empreendedorismo feminino, reunindo barracas comandadas por mulheres que atuam nos mais diversos segmentos, como gastronomia, artesanato, cosméticos naturais, moda e produtos regionais.“O arraial me ajuda a garantir uma renda extra. Com esse dinheiro, consigo investir na produção e ainda pagar as contas de casa. A gente luta o ano inteiro, e aqui consigo visibilidade de verdade”, afirmou Luana Ribeiro, artesã e vendedora de maquiagem no festival.Além de gerar renda, o espaço proporcionou visibilidade a negócios liderados por mulheres. Para muitas, o festival representa a principal vitrine do ano, um ambiente onde suas marcas ganham alcance e reconhecimento.Inclusão e empreendedorismo atípicoUm dos momentos mais simbólicos foi a realização do primeiro Festival Junino Inclusivo do interior do Pará, no dia 5 de junho. A programação especial contou com estrutura adaptada para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Pessoas com Deficiência (PCD), além de atividades lúdicas, brinquedos sensoriais e ambiente acolhedor.Neste dia, um espaço foi reservado especialmente para o empreendedorismo inclusivo, com a participação de mães atípicas que conciliam a rotina de cuidados intensivos com a criação de produtos artesanais. Para essas mulheres, empreender é também um caminho de autonomia e sustento, diante dos desafios diários da maternidade atípica.Para Samia Beleza, educadora e artesã, o arraial é uma oportunidade para as mães atípicas. “É uma chance de mostrar que a gente também produz, também empreende. Também é um espaço onde ajudamos uma às outras, e isso ao mesmo tempo, me fortalece como mulher”, disse.Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsAppO espaço contou com estrutura adaptada e divulgação específica, garantindo visibilidade e conforto para as expositoras e o público. A iniciativa foi considerada um marco para a inclusão social e econômica de mulheres que muitas vezes ficam à margem das oportunidades por conta do trabalho de cuidado doméstico e da dedicação exclusiva aos filhos.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.