Quando vai lançar Como Treinar Seu Dragão live action? Veja trailer e data de lançamento do filme

O lançamento do novo live-action de Como Treinar o Seu Dragão marca a retomada de uma das franquias mais reconhecidas da animação recente. Quinze anos após a estreia do original, a produção chega aos cinemas com o objetivo de recontar a história sem alterar substancialmente sua estrutura, mantendo a essência que conquistou o público em 2010. A decisão criativa de seguir fielmente o material de origem se reflete na narrativa, no design dos personagens e até na composição visual das cenas.

Pontos Principais:

  • Live-action mantém trama original e refaz cenas quadro a quadro.
  • Efeitos práticos e CGI destacam-se na recriação dos dragões e da Ilha de Berk.
  • Atuações de Mason Thames e Gerard Butler reforçam vínculo emocional.
  • Filme insinua novos arcos narrativos, mas não os desenvolve plenamente.
  • Sequência está confirmada e pode explorar o universo com mais profundidade.

O filme se inicia na Ilha de Berk, uma vila viking onde os habitantes mantêm uma tradição de confrontos com dragões. O protagonista, Soluço, é o filho do líder da aldeia e não compartilha a mesma visão bélica de sua comunidade. Esse conflito interno é apresentado com a mesma cadência do desenho animado, e a relação entre Soluço e o dragão Banguela torna-se o ponto central da trama. A conexão entre os dois permanece como metáfora para aceitação e empatia, agora traduzida em uma linguagem visual mais realista, mas sem perder o simbolismo.

A transição para o live-action foi conduzida por Dean DeBlois, responsável pela direção da trilogia original e agora também por esta nova versão. Sua escolha foi manter o enredo praticamente inalterado, apostando em uma reinterpretação visual e de atuação, sem alterar a lógica da história nem os arcos principais dos personagens. O resultado é uma obra que mantém o ritmo, a ambientação e o tom emocional já conhecidos, mas com uma nova camada estética oferecida pelos efeitos digitais e cenários construídos em locações reais.

Construção do universo e fidelidade à obra original

A ambientação da Ilha de Berk foi concebida com foco em efeitos práticos, o que contribui para uma experiência visual mais tátil. Grande parte dos cenários foi construída em uma locação no norte da Europa, com ênfase em estruturas físicas que conferem maior imersão. O uso de CGI é reservado para os dragões e cenas de voo, equilibrando tecnologia digital com elementos concretos. A representação de Banguela, por exemplo, respeita o design do filme original, mas adota feições e movimentos mais naturais, sem descaracterizá-lo.

O elenco contribui para essa fidelidade. Gerard Butler, que anteriormente emprestava apenas a voz ao personagem Stoico, agora também interpreta o papel fisicamente. Mason Thames assume o papel de Soluço, apresentando o personagem com um tom de ingenuidade coerente com a proposta do roteiro. O vínculo entre os dois protagonistas é desenvolvido com foco no contraste entre os valores da aldeia e a relação singular que se estabelece entre humano e dragão.

A escolha de manter o roteiro sem mudanças significativas é uma resposta direta ao atual momento da indústria cinematográfica, marcada por releituras de obras conhecidas. Em vez de reinventar a história, a direção opta por reafirmar o que já funcionava. A narrativa é reproduzida com precisão em várias passagens, com cenas reencenadas quase quadro a quadro. A intenção, neste caso, parece ser oferecer uma versão tecnicamente atualizada sem romper com o conteúdo que já era amplamente aceito.

Limitações e sugestões não exploradas

O filme começa na Ilha de Berk, onde dragões e vikings vivem em conflito. Soluço encontra Banguela e muda o destino da aldeia com uma amizade inesperada e corajosa.
O filme começa na Ilha de Berk, onde dragões e vikings vivem em conflito. Soluço encontra Banguela e muda o destino da aldeia com uma amizade inesperada e corajosa.

Apesar da qualidade visual e da consistência narrativa, o filme evita aprofundar elementos que poderiam ter sido expandidos. Certas oportunidades de enriquecer os personagens ou explorar novos conflitos são apenas sugeridas, sem desenvolvimento suficiente. O exemplo mais evidente está em Astrid, que nesta versão demonstra uma ambição mais destacada, mas cujo papel não evolui de forma significativa. O mesmo ocorre com Melequento, que passa a ter um pai rígido como antagonista secundário, mas sem impacto direto no enredo.

O roteiro também introduz breves menções sobre a origem da tribo e as diferenças culturais entre os personagens, mas essas pistas não ganham espaço para se transformar em novos núcleos dramáticos. A decisão de manter o foco restrito ao arco de Soluço e Banguela reforça a estratégia de não se afastar da narrativa original, mesmo que isso limite o potencial criativo da produção.

Ainda assim, o filme deixa aberta a possibilidade de ampliação do universo em futuras sequências. Essa intenção é confirmada pela equipe envolvida, que já anunciou a produção de uma continuação. A manutenção dos personagens centrais, somada às novas camadas visuais e ao uso de locações reais, cria uma base sólida para que os próximos capítulos explorem caminhos ainda não percorridos pela franquia, sem romper com a estética ou os valores que a consagraram.

Recepção e perspectiva de continuidade

A recepção inicial da crítica e do público tem sido favorável à proposta de fidelidade adotada pela produção. O realismo dos dragões e a integração entre atores e criaturas geradas digitalmente foram pontos destacados. A direção de arte, especialmente na recriação da aldeia e nos figurinos, recebeu atenção positiva por evitar exageros e manter coerência com o universo estabelecido pela animação.

A duração de 125 minutos permite que o filme desenvolva com tranquilidade os principais momentos da história, desde o primeiro contato entre Soluço e Banguela até a mudança na relação da aldeia com os dragões. A classificação indicativa de 10 anos contribui para manter o alcance familiar da franquia, respeitando a origem voltada ao público infantojuvenil, mas permitindo também leituras simbólicas voltadas a uma audiência mais ampla.

Com a confirmação de uma sequência, cresce a expectativa para que os próximos filmes expandam a mitologia criada em Berk. A introdução de novos personagens, conflitos tribais ou ameaças externas pode oferecer caminhos para enriquecer a trama. A estrutura construída neste primeiro live-action cumpre a função de reintroduzir o universo de forma acessível, ao mesmo tempo em que estabelece os parâmetros técnicos e visuais que deverão ser mantidos nos capítulos seguintes.

Fonte: Omelete e G1.

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