Helder afirma que o Brasil terá orgulho do que o Pará mostrará na COP 30

O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou ontem (6), que o Brasil terá orgulho do que o Estado vai mostrar durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, impulsionado por uma agenda de desenvolvimento sustentável inédita na Amazônia.Durante o Global Agribusiness Festival (GAFFFF), um dos maiores eventos de cultura agro do país, e ao lado da ex-primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland – referência internacional em desenvolvimento sustentável e saúde global –, o chefe do Executivo paraense apresentou resultados e investimentos bilionários em políticas ambientais e destacou a aprovação da primeira Lei de Responsabilidade Ambiental do Brasil.Leia mais:Escolas estaduais serão transformadas em hostels durante a COP30Condomínios podem resolver crise de hospedagem na COP 30Como anfitrião da COP30, Helder Barbalho detalhou os preparativos do Pará para o evento e reforçou o compromisso com um modelo de desenvolvimento sustentável que una produção e preservação. “Estamos concluindo o sistema jurisdicional de REDD+ com apoio da Noruega. Devemos ter a dimensão da oportunidade que o Brasil possui. O significado de fazer esse evento na Amazônia é muito grande e a oportunidade também”, destacou.Segundo o governador, cerca de cinco mil pessoas atuam diretamente nas obras relacionadas à COP30. Ele também ressaltou a qualificação da mão de obra local, que amplia as ofertas de serviço e fortalece a economia.Quer ler mais notícias do Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!“O Brasil vai ter muito orgulho do que nós estamos preparando para apresentar ao mundo. Uma cidade da Amazônia que bem recebe e que será palco da construção de um legado ambiental e social, de desenvolvimento sustentável para o Brasil e para o planeta”, afirmou.Ele também citou avanços concretos. “Temos trabalhado por meio do plano de bioeconomia, para agregar valor à floresta viva. Estamos trabalhando a rastreabilidade dos nossos produtos porque o mercado externo precisa de integridade produtiva, e a integridade ambiental é a mais robusta, nos mantendo ativos para o mercado externo”.Gro Brundtland elogiou os esforços do Pará na preparação para a COP30 e destacou a importância do evento para sensibilizar o mundo sobre os desafios ambientais. “Ouvindo suas palavras, acho que a preparação está em excelentes mãos. O evento de hoje contribui para essa conscientização global, de fazer com que o mundo se junte a atender essas necessidades para segurar o nosso futuro em comum”.A ex-primeira-ministra é responsável por introduzir o conceito moderno de desenvolvimento sustentável, estabelecido quando foi presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1987.Plínio Nastari, presidente da Datagro, idealizadora do evento, ressaltou que o Brasil tem condições de liderar globalmente uma nova etapa de desenvolvimento sustentável. “Aqui queremos mostrar a outros países o que o Brasil tem feito em diversas áreas. Mas podemos buscar outras coisas, como soluções, princípios para nortear políticas públicas. Precisamos de políticas públicas sólidas, além dos recursos naturais”, pontuou.Ele também destacou a articulação diplomática brasileira para a COP30 e a necessidade de senso de urgência e trabalho coordenado.Legislação pioneira e investimentos em políticas verdesAlém de destacar investimentos em políticas públicas verdes, o governador Helder Barbalho também ressaltou o pioneirismo do Pará com a nova Lei de Responsabilidade Ambiental, sancionada no Dia Mundial do Meio Ambiente, que estabelece a destinação de parte das taxas sobre mineração e uso de recursos hídricos. “Vamos sair de R$ 100 milhões este ano para R$ 1 bilhão em financiamento para políticas públicas com pecuária e agricultura sustentáveis, que são novos segmentos de políticas verdes. Que possamos agregar e oportunizar não apenas crescimento, mas transformação”, disse.“Sediar a COP30 é extraordinário, mas ser exemplo para o Brasil, para uma nova agenda de sustentabilidade, é o que o Pará quer. A produção rural mais competitiva, ao mesmo tempo em que somos um país que preserva o estoque florestal, nos diferencia como um ator importante”, concluiu.
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