É comum terremoto no Chile? Tremor de sexta deixou 23 mil pessoas sem luz

A população do norte do Chile enfrentou momentos de tensão nesta sexta-feira, 6 de junho, após um terremoto de magnitude 6,4 atingir a região do Atacama no início da tarde. O tremor, que ocorreu por volta das 13h15 no horário local (14h15 em Brasília), teve epicentro a cerca de 54 quilômetros da cidade de Diego de Almagro e provocou diversos impactos estruturais e sociais.

Pontos Principais:

  • Terremoto de magnitude 6,4 atinge o norte do Chile na sexta-feira (6).
  • Epicentro foi a 54 km de Diego de Almagro, com 64 km de profundidade.
  • Mais de 23 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na região do Atacama.
  • Deslizamentos de terra e queda de fachadas foram registrados em Copiapó.
  • Não houve vítimas; governo ativou comitê de resposta e descartou tsunami.

Relatórios oficiais indicam que cerca de 23 mil pessoas ficaram temporariamente sem energia elétrica após o abalo sísmico. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a extensão dos danos em áreas urbanas e rurais, incluindo a queda de fachadas de edifícios, movimentação brusca de estruturas metálicas e ruptura de muros. O terremoto também interrompeu transmissões ao vivo e causou evacuações imediatas em diferentes pontos da região.

Um terremoto de 6,4 graus atingiu a região do Atacama, no norte do Chile, nesta sexta (6), deixando rastros de destruição e milhares sem energia elétrica.
Um terremoto de 6,4 graus atingiu a região do Atacama, no norte do Chile, nesta sexta (6), deixando rastros de destruição e milhares sem energia elétrica.

O fenômeno geológico, segundo os dados técnicos divulgados, ocorreu a uma profundidade entre 64 e 76 quilômetros abaixo da crosta terrestre. Embora tenha sido sentido em diversas cidades, como Copiapó e outras localidades do deserto chileno, as autoridades informaram que até o momento não há registro de vítimas fatais ou feridos graves.

Resposta do governo e medidas de emergência

Diante do ocorrido, o governo chileno mobilizou rapidamente o Comitê de Gestão de Riscos de Desastres (Cogrid) para consolidar as informações e coordenar as ações emergenciais. O presidente do país, em pronunciamento pelas redes sociais, afirmou que estava em contato com representantes da região atingida para garantir apoio logístico e monitoramento constante da situação.

A estatal Codelco, responsável por uma das maiores operações de mineração de cobre do mundo, confirmou que não houve danos às instalações ou aos funcionários presentes nas unidades operacionais localizadas na área do terremoto. Ainda assim, inspeções de segurança foram acionadas como medida preventiva em todas as plantas da região.

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres recomendou que a população costeira permaneça atenta às rotas de evacuação, mesmo após a confirmação de que o evento não possuía características capazes de gerar tsunami. A orientação visa garantir a segurança em caso de tremores secundários ou instabilidade no terreno.

Impactos locais e mobilização da população

Durante e após o tremor, moradores de cidades próximas ao epicentro relataram instabilidade em edifícios, danos em comércios e queda de produtos em supermercados. Também foram registrados deslizamentos de terra em encostas nas imediações de Copiapó, o que mobilizou equipes de contenção e limpeza das vias afetadas.

Nas redes sociais, vídeos mostram o momento do abalo dentro de residências e estabelecimentos, com móveis se movendo abruptamente, alarmes de carros acionados e pessoas deixando os prédios em busca de áreas seguras. O susto gerado pelo terremoto levou à evacuação de prédios públicos e escolas, que seguiram os protocolos de segurança previamente estabelecidos.

Em uma transmissão ao vivo de um podcast local, a pré-candidata presidencial Carolina Toha precisou interromper sua participação no momento em que o estúdio começou a tremer. As imagens mostram a saída imediata dos presentes, que seguiram para locais abertos. A cena gerou repercussão nas redes e foi usada por órgãos públicos para reforçar a importância de evacuações rápidas.

Contexto sísmico e histórico de tremores no Chile

O Chile está entre os países com maior atividade sísmica do planeta, situado sobre a zona de convergência das placas tectônicas Nazca, Sul-Americana e Antártica. Essa configuração geológica faz com que tremores de diferentes intensidades sejam relativamente frequentes ao longo de seu território, especialmente na faixa andina e nas regiões desérticas do norte.

Historicamente, o país já foi palco de eventos de grandes proporções. Em 1960, a cidade de Valdivia, no sul chileno, foi devastada por um terremoto de magnitude 9,5, considerado o mais forte já registrado no mundo. Já em 2010, um sismo de magnitude 8,8, seguido de tsunami, atingiu a região centro-sul e deixou mais de 500 mortos, além de grande destruição de infraestrutura.

O monitoramento contínuo é feito por instituições nacionais e internacionais, que avaliam em tempo real a movimentação tectônica da região. Esses dados são essenciais para a elaboração de políticas públicas voltadas à prevenção e ao treinamento da população em situações de risco, minimizando assim as consequências humanas e materiais.

Prevenção e orientações futuras

O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha do Chile reafirmou que não há risco de tsunami decorrente do terremoto, mas reforçou a importância de manter os planos de evacuação atualizados. As autoridades destacaram que a população deve conhecer os pontos de encontro e rotas de fuga em caso de necessidade.

A ocorrência também reacendeu discussões sobre a necessidade de reforço nas estruturas urbanas em regiões de alta vulnerabilidade sísmica. Cidades como Copiapó e Diego de Almagro já passaram por revisões em seus planos de emergência, mas especialistas apontam que ainda há desafios em áreas mais isoladas e sem infraestrutura adequada.

Por ora, os esforços se concentram na reativação do fornecimento elétrico aos cerca de 23 mil domicílios afetados e na liberação de vias obstruídas por deslizamentos. Equipes de defesa civil seguem trabalhando em campo para avaliar as condições dos prédios públicos e escolares antes da retomada das atividades.

É comum terremoto no Chile?

Localizado sobre o perigoso Círculo de Fogo do Pacífico, o Chile é um dos países mais sísmicos do mundo. A geografia do território é marcada pela colisão entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana, um processo de subducção que gera tremores constantes. Essa dinâmica tectônica explica por que o país registra milhares de terremotos todos os anos, com magnitudes que variam de leves a devastadoras.

O terremoto mais forte já registrado no planeta ocorreu justamente no Chile, em 1960, na cidade de Valdivia. Atingindo 9,5 graus na escala Richter, o tremor provocou tsunamis que cruzaram o Oceano Pacífico e impactaram até o Japão e o Havaí. A partir desse evento, o país desenvolveu políticas públicas rigorosas e se tornou referência em engenharia antisísmica e protocolos de evacuação.

De acordo com o observatório sismológico da Universidad Bernardo O’Higgins, as regiões norte e centro do Chile são as mais afetadas. Antofagasta, por exemplo, já registrou mais de 470 terremotos em duas décadas, com tremores de até 7,5 de magnitude. Coquimbo também apresenta alta frequência, com registros de sismos superiores a 8,0. Essas áreas concentram atenção especial das autoridades chilenas.

A população chilena, por sua vez, está habituada a conviver com tremores. Desde a infância, os cidadãos aprendem nas escolas a agir diante de um terremoto, e exercícios de evacuação são comuns em edifícios públicos e privados. Essa cultura de prevenção é considerada fundamental para reduzir mortes e danos em eventos sísmicos de grande porte.

Recentemente, no dia 6 de junho de 2025, um terremoto de 6,4 graus sacudiu a região de Diego de Almagro, no norte do país. Embora não tenha causado vítimas fatais, o evento gerou deslizamentos e deixou mais de 20 mil pessoas sem energia elétrica por algumas horas. Esse episódio confirma que, apesar da preparação, os terremotos seguem sendo um desafio constante.

Com esse histórico, o Chile segue sendo um exemplo mundial na convivência com desastres naturais. A combinação de tecnologia, educação e políticas de mitigação permite que o país enfrente com resiliência uma das forças naturais mais imprevisíveis do planeta: a movimentação da Terra.

Principais terremotos no Chile por ano

  • 2025 – 2 de maio: Magnitude 7,4 no sul do Chile (Passo de Drake), com alerta de tsunami.
  • 2019 – 20 de janeiro: Magnitude 6,7 em Coquimbo, causou 2 mortes e danos materiais.
  • 2016 – 25 de dezembro: Magnitude 7,6 em Quellón, com evacuações e alerta de tsunami.
  • 2015 – 16 de setembro: Magnitude 8,3 em Illapel, deixou 15 mortos e destruição significativa.
  • 2014 – 1º de abril: Magnitude 8,2 em Iquique, com 7 mortes e alerta de tsunami no Pacífico.
  • 2010 – 27 de fevereiro: Magnitude 8,8 no Maule, matou 525 pessoas e causou grandes danos.

Fonte: Wikipedia, Uchile, Sismologia e Senapred.

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