Como empresário de SC usou nome falso por 20 anos para jogar futebol e sumiu com verdadeira identidade


Segundo a Polícia Civil, homem jogou em vários times profissionais, abriu empresas, casou e teve filhos com nome ‘criado’. Condenado, terá que alterar documentos novamente. Empresário de SC é preso suspeito de se passar por outra pessoa por 20 anos
Polícia Civil/ Divulgação
O empresário que usou nome falso por 20 anos e escondeu a identidade verdadeira até da esposa e dos filhos em Brusque, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, falsificou os documentos em 1998 para continuar jogando futebol profissionalmente, segundo a Polícia Civil.
O caso repercutiu em fevereiro de 2024, quando ele preso preventivamente. Mais de um ano depois, o delegado Odair Rogério Sobreira, que conduziu o inquérito policial na época, disse na sexta-feira (6) que o investigado foi condenado pela falsificação dos documentos, mas está solto e deve cumprir pena em regime aberto.
A data em que o julgamento ocorreu, assim como outros detalhes do processo, incluindo o nome do homem, não foram informados pelo delegado e nem pelo Judiciário.
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Conforme o investigador, não ficou claro por qual razão o empresário precisou mudar a identidade, mas disse que ele jogou em vários times profissionais, que não foram mencionados.
Ele tinha 17 anos quando falsificou o documento com um familiar.
“Um familiar já falecido ajudou ele nessa falsificação. Desde lá, ele usa esse nome falso e abandonou sua verdadeira identidade. Agora ele terá que alterar todos os documentos, perante Detran, Receita Federal, Polícia Federal, município, polícia, Justiça e registros familiares”, comentou Sobreira.
‘Sumiu com a pessoa que era’
As investigações mostraram que o empresário fez título de eleitor, abriu contas bancárias, conseguiu alvarás, casou e teve dois filhos registrados com o nome falso. Segundo Sobreira, ele escondeu até de esposa e filhos a identidade verdadeira.
Mesmo condenado, conforme o delegado, ele não está mais preso e deve cumprir a pena em regime aberto. O g1 pediu detalhes da sentença ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
O delegado detalha que na época das investigações, o homem “sumiu com a pessoa que era” e passou a viver uma vida normal com os registros adulterados.
“Ele passou a ser uma nova pessoa com esse novo nome, essa nova identidade. Ele tirou habilitação, abriu empresas, tirou o CPF. Ele votava, teve dois filhos, relacionamentos conjugais”, conta.
Investigação
As investigações começaram após a Polícia Científica compartilhar informações aos policiais civis sobre possível uso de documento falso pelo suspeito.
Conforme o investigador, o homem é natural de Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina. Quando chegou a Brusque, onde constituiu família, já usava o nome falso.
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