‘Ancelotti impõe autoridade sem ser autoritário’, afirma Rodrigo Caetano

Assumir o comando da Seleção Brasileira a menos de um ano da Copa do Mundo já seria, por si só, um enorme desafio. Acrescente-se a isso o fato de que, pela primeira vez na história, o posto é ocupado por um estrangeiro.A chegada de Carlo Ancelotti, renomado técnico italiano, abre uma nova era na equipe pentacampeã, em meio a turbulências políticas na CBF e um calendário apertado. Para garantir que essa transição ocorra de forma suave, a entidade conta com uma figura discreta, porém essencial: Rodrigo Caetano.CONTEÚDO RELACIONADOCasemiro esquece ‘promessa’ de Dorival e põe Ancelotti em pedestalFluminense mira em Neymar e vira alvo de piadas na imprensaZenit volta a mirar Gerson e pode pagar multa ao FlamengoELO DE LIGAÇÃOResponsável por facilitar o caminho para a adaptação de Ancelotti, o executivo de seleções da CBF tem atuado como um elo entre o treinador e o ambiente brasileiro. Em entrevista exclusiva ao Lance!, Caetano revelou os bastidores da negociação, que começou com uma recepção calorosa ainda em Madrid.Quer mais notícias de esportes? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.”Desde o princípio da nossa chegada lá, nós fomos muito bem recebidos pelo Ancelotti. A nossa primeira reunião foi na casa dele”, contou. Segundo ele, já naquele primeiro encontro, ficou clara a disposição do técnico em assumir o projeto da Seleção.RELAÇÃO INTENSAMesmo antes da apresentação oficial, a relação entre Ancelotti e a CBF já era intensa. Diálogos diários foram fundamentais para montar a primeira lista de convocados – um trabalho conjunto, mas com a marca do treinador. “Obviamente, que a lista final, ela teve a digital dele, do Ancelotti, sem dúvida alguma, foram escolhas dele, baseado naquilo que nós tínhamos sugerido. De uma lista larga de 60 nomes”, explicou Caetano.ELENCO DE ESTRELASO desafio de comandar uma seleção, especialmente a brasileira, exige habilidade para lidar com um elenco repleto de estrelas e expectativas. Segundo o executivo, o treinador italiano vem demonstrando competência em acelerar os processos de adaptação.“Ele é um treinador de muito diálogo com os atletas, diálogo individual. É a primeira vez também que ele trabalha com seleção, então tem que acelerar muito os processos”, observou.AUTORIDADE SEM AUTORITARISMOApesar do tempo limitado – com apenas quatro sessões de treino antes do jogo contra o Equador -, Ancelotti tem adotado uma postura firme e respeitosa. “Pelo tamanho dele, ele impõe uma autoridade sem ser autoritário, e as informações e as correções dele são muito objetivas”, avaliou Caetano, destacando que o técnico ainda está em fase de aprendizado dentro do universo das seleções nacionais.VEJA MAIS:
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