7 clássicos que viraram símbolo de status (não de leitura)

Nada mais elegante do que possuir uma biblioteca lotada de volumes que ninguém jamais abriu. Melhor ainda se o livro for grosso, tiver capa dura, nome impronunciável e vier com aquele cheirinho de culpa intelectual acumulada. Os convidados entram, fingem ler as lombadas, e você solta um “ah, esse é fundamental”, enquanto torce para ninguém perguntar o enredo. Em um mundo em que ostentar vai do carro à caligrafia de citação literária no Instagram, a literatura também virou peça de design. E que design! Livros que ocupam mais espaço na estante do que na memória dos leitores.

A verdade é que certos títulos se tornaram sinônimo de status cultural, não porque são lidos, mas porque são reconhecíveis. Eles funcionam como certificados silenciosos de erudição imaginária. Basta uma olhadinha na capa de Ulisses para causar mais impacto que três doutorados em semiótica. São obras difíceis, densas, labirínticas, não raramente comparadas a subir uma montanha cega e de costas. Mas tudo bem, ninguém precisa saber que você só chegou até a introdução escrita por um crítico francês de nome intimidante. Afinal, o importante é o capital simbólico.

Se você nunca terminou nenhum desses livros, você não é o único por aí. Gente que leu só o prefácio, que se perdeu na primeira frase, que comprou edições ilustradas esperando um respiro e encontrou gravuras expressionistas indecifráveis. Este é o clube dos que admiram de longe, que citam de ouvido, que tiram fotos com a lombada bem enquadrada. E agora, com estas sinopses, você poderá ao menos saber do que se trata ou fingir com ainda mais elegância. Prepare-se para mergulhar (sem se molhar) nos clássicos que todo mundo respeita, mas poucos realmente encaram.

7 clássicos que viraram símbolo de status (não de leitura)

Nada mais elegante do que possuir uma biblioteca lotada de volumes que ninguém jamais abriu. Melhor ainda se o livro for grosso, tiver capa dura, nome impronunciável e vier com aquele cheirinho de culpa intelectual acumulada. Os convidados entram, fingem ler as lombadas, e você solta um “ah, esse é fundamental”, enquanto torce para ninguém perguntar o enredo. Em um mundo em que ostentar vai do carro à caligrafia de citação literária no Instagram, a literatura também virou peça de design. E que design! Livros que ocupam mais espaço na estante do que na memória dos leitores.

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