Pará: iniciativa identifica 140 espécies da fauna amazônica

Uma iniciativa de monitoramento ambiental no nordeste paraense tem chamado a atenção pela riqueza de dados obtidos em pouco tempo. Em apenas um ano, a Campanha de Avistamentos da Fauna, promovida pela Artemyn no município de Ipixuna do Pará, já catalogou mais de 140 espécies de animais silvestres.A ação, criada em 2024, tem como objetivo contribuir para a identificação da fauna local, além de monitorar aspectos como desenvolvimento, reprodução, migração e possíveis desaparecimentos. A campanha reforça o compromisso da empresa com a preservação do bioma amazônico, um dos mais ricos e diversos do planeta.Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bioma amazônico ocupa uma área de 4.212.472 km² e abriga a maior parte das aproximadamente 120 mil espécies animais encontradas no Brasil. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), cerca de 180 dessas espécies estão classificadas em alguma categoria de ameaça de extinção.DinâmicaUm dos diferenciais da campanha é o envolvimento direto dos colaboradores da unidade de extração de caulim da Artemyn em Ipixuna. Por meio de um grupo de WhatsApp, os funcionários enviam registros fotográficos e vídeos dos animais, sempre acompanhados de dados de localização. As informações são utilizadas para a construção de um mapeamento detalhado, que permite identificar áreas de maior ocorrência e padrões de comportamento das espécies. “Quando soube da campanha do pessoal do meio ambiente, fiquei animado, mas receoso quanto à adesão dos colegas. Com o tempo, os registros começaram a chegar e a empolgação tomou conta. É gratificante reconhecer a grandeza da nossa biodiversidade aqui na mina”, relata Edilson Sousa, topógrafo da empresa e um dos colaboradores na iniciativa.Em númerosDesde a criação da campanha, em 2024, os dados coletados revelam uma rica diversidade faunística. Mamíferos lideram os registros, representando 36,4% do total, com destaque para roedores e felinos. Em seguida, aparecem as aves, com 35,1% dos avistamentos, incluindo garças, aves de rapina e pássaros de pequeno porte.Os répteis ocupam a terceira posição, com 24% dos registros, abrangendo espécies como cobras e lagartos. Já os anfíbios, como os sapos, representam 4,5% dos avistamentos, o que reforça a predominância de vertebrados na região.A biodiversidade, no entanto, vai além desses grupos. Também foram feitos registros importantes de aracnídeos e insetos, o que evidencia a complexidade da teia alimentar local e a importância de todos os níveis tróficos na manutenção do equilíbrio ecológico.A médica veterinária da Artemyn e responsável pelo programa de avistamento, Sandy Matos, explica o que motivou a iniciativa. “Os colaboradores, durante a execução de suas atividades, sempre mencionavam avistamentos de animais silvestres, e isso acendeu um alerta para a gente”. Ela completa ainda dizendo que “essas ações de biodiversidade reforçam o compromisso da empresa com a sustentabilidade de suas atividades, endossando o respeito ao meio ambiente dentro de suas operações”.CONTEÚDOS RELACIONADOS:Dia Mundial do Meio Ambiente tem ação de cidadania em BelémArraial do Pavulagem: “Oralidades” evento especial em BelémQuer mais notícias sobre o Pará? Acesse nosso canal no WhatsApp
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