Sorocaba vence com gol no último suspiro, mantém 100% e lidera grupo na Libertadores de Futsal

Era noite de Libertadores, mas o roteiro lembrava final de Copa do Mundo com tempero de novela mexicana. O Sorocaba entrou em quadra em Luque, Paraguai, contra os colombianos do Sabaneros com uma missão simples no papel: manter os 100% de aproveitamento e fechar a fase de grupos com moral de quem quer a taça de novo. Mas o futsal, como a vida, adora uma virada de enredo aos 44 do segundo tempo. Ou melhor, aos 28 segundos do fim.

Pontos Principais:

  • Sorocaba venceu o Sabaneros por 3 a 1 com virada nos segundos finais.
  • Cuervo abriu o placar para os colombianos no fim do primeiro tempo.
  • Carlinhos empatou no início da segunda etapa e Joãozinho virou no fim.
  • Rodrigo Capita selou a vitória com tiro-livre no último lance.

O primeiro tempo foi daqueles em que o goleiro se consagra, o técnico perde a voz e a torcida começa a procurar sinais do VAR até em replay de escanteio. O Sorocaba até controlava o jogo, tinha mais posse, rodava a bola com paciência de monge, mas na primeira escapada do Sabaneros, Cuervo aproveitou um bate-rebate e mandou para as redes. Era 1 a 0 pros colombianos e cara de drama brasileiro no vestiário.

Era para ser só mais um jogo de fase de grupos, com cara de treino de luxo, mas o Sorocaba decidiu transformar a terça-feira em dia de novela paraguaia com final de Copa do Mundo. Encarando o Sabaneros, da Colômbia, a equipe brasileira entrou em quadra com pinta de favorita, bola no pé e uma prancheta cheia de planos ofensivos. Só esqueceram de combinar com o destino – e com Cuervo, o colombiano esperto que abriu o placar no apagar das luzes do primeiro tempo. A torcida, que já estava de olho na classificação com 100% de aproveitamento, engoliu seco o intervalo com sabor de susto.

O Sorocaba enfrentou o Sabaneros no Paraguai em jogo decisivo da Libertadores. Com emoção até o fim, a vitória veio nos últimos 28 segundos.
O Sorocaba enfrentou o Sabaneros no Paraguai em jogo decisivo da Libertadores. Com emoção até o fim, a vitória veio nos últimos 28 segundos.

Mas time que é campeão não se desespera, apenas respira fundo, ajusta os meiões e volta pro segundo tempo com aquele olhar de quem não vai deixar barato. E foi logo no comecinho da etapa final que Carlinhos resolveu colocar ordem no futsal. Recebeu de Leandro Lino e guardou com categoria, daquele jeito que a gente vê no replay e pensa: “isso aí é treino”. Só que o jogo não era fácil, e o Sabaneros também queria mostrar que não estava ali de passeio. Cada lance era um flash, cada chute parecia final de campeonato, e o empate teimava em permanecer, como aquele parente que chega pra festa e não vai embora nunca.

O cronômetro ia apertando, os técnicos gritavam mais que narrador em gol de clássico e a adrenalina já tava no nível “coração saindo pela boca”. Foi então que, como quem não quer nada, Joãozinho apareceu no segundo pau, livre de marcação, e completou para a rede, virando o jogo com apenas 28 segundos restantes. Aquele gol que até o mais frio dos analistas esportivos levanta da cadeira e grita “É ISSO!”. O Sabaneros, que até ali estava garantindo o empate, viu o roteiro desabar como castelo de cartas em dia de vento.

Mas ainda tinha espaço para a cereja do bolo – ou o chute do Capita, pra sermos justos. Rodrigo Capita, com a tranquilidade de quem joga pôquer nas horas vagas, bateu o tiro-livre nos últimos segundos e fechou a conta: 3 a 1. Goleiro pra um lado, bola pro outro, e a certeza de que esse Sorocaba tem mais roteiro que série de streaming. Foi o tipo de jogo que não dá pra contar sem gesticular ou repetir “tu tinha que ver” umas três vezes.

Com nove pontos somados em três partidas, o Magnus Sorocaba termina a fase de grupos com aquela moral que só quem vence na marra tem. O primeiro lugar do Grupo A veio com suor, categoria e aquele tempero de drama que só o futsal sul-americano proporciona. O adversário das quartas ainda não está definido, mas uma coisa já dá pra cravar: quem cruzar com esse time vai precisar de muito mais que sorte. Vai precisar de estratégia, coração e talvez uma oração.

O Sabaneros, apesar da derrota, garantiu a segunda vaga do grupo e agora segue vivo na briga. E se tem uma lição que ficou clara na Arena Oscar Harrison é que em Libertadores de Futsal, todo segundo conta. E que brasileiro gosta mesmo é de emoção no final, seja no futebol de campo, salão ou até mesmo no trânsito de terça-feira à noite. Futsal é isso: intensidade, talento e viradas que fazem qualquer comentarista esquecer a pauta e soltar o grito de gol na garganta. E o Sorocaba? Segue embalado, fazendo da bola sua melhor contadora de histórias.

Fonte: CBF.

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