Tubarão mako avistado na Barra assusta banhistas e mobiliza governo do RJ

A aparição de um tubarão-mako nas águas da Barra da Tijuca causou alvoroço entre banhistas e praticantes de esportes náuticos. O animal foi visto na última terça-feira, na altura do Posto 1, no trecho conhecido como Quebra-Mar, surpreendendo até os frequentadores mais habituados ao mar da zona oeste do Rio de Janeiro. A presença do predador foi registrada por um grupo que pilotava motoaquáticas no local, e as imagens rapidamente se espalharam pelas redes sociais.

Pontos Principais:

  • Tubarão-mako foi visto na Barra da Tijuca, chamando atenção de banhistas.
  • Especialistas explicam que ele se aproximou por causa de cardumes próximos.
  • Governo orientou banhistas a saírem da água com calma e usarem roupas discretas.
  • Presença do tubarão indica que o ecossistema da região está saudável.

Especialistas explicam que a presença do tubarão está relacionada com a busca por alimento, atraído por cardumes que se aproximam da costa. Marcelo Szpilman, biólogo marinho e presidente do AquaRio, explicou que o tubarão-mako é capaz de atingir velocidades de até 70 km/h, sendo o mais rápido de sua espécie. Apesar de pertencer à mesma família do tubarão-branco, Szpilman tranquiliza: não há registros de ataques dessa espécie em nosso litoral.

A notícia surge apenas dois dias depois de um tubarão-martelo ser flagrado interrompendo uma aula de surfe no mesmo local. A presença recorrente dos tubarões na região levantou questionamentos e provocou a mobilização das autoridades, que prontamente divulgaram orientações para garantir a segurança dos banhistas e frequentadores.

Alerta oficial e orientações

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Com a repercussão das imagens, o governo do Rio de Janeiro usou as redes sociais para pedir atenção aos banhistas e oferecer recomendações de segurança. O aviso destaca que, ao avistar um tubarão no mar, a saída deve ser calma e feita de costas, sem movimentos bruscos que possam despertar o interesse do animal. A recomendação é clara: evite nadar ao amanhecer ou ao entardecer, horários em que esses predadores costumam se alimentar.

As bandeiras roxas também ganharam destaque nas publicações oficiais. Elas sinalizam a presença de tubarões ou de outros animais marinhos, sendo um alerta direto para que banhistas evitem entrar na água. O governo também aconselha que se evite nadar em áreas de pesca ou perto de cardumes, locais que atraem a atenção dos tubarões em busca de alimento.

A lista de orientações inclui ainda o cuidado com objetos brilhantes e roupas coloridas, que podem refletir luz e chamar a atenção dos tubarões. Além disso, o governo reforça que nadar em grupo e em locais movimentados ajuda a reduzir o risco de incidentes, já que a presença de várias pessoas desestimula a aproximação desses animais.

O papel do tubarão-mako no ecossistema

Marcelo Szpilman reforçou que o tubarão-mako, apesar de ser o mais rápido do mundo, não representa ameaça para banhistas. Ele pontuou que o tubarão-mako é um predador oceânico que, ocasionalmente, se aproxima da costa para se alimentar, aproveitando a presença de cardumes. Szpilman destacou ainda que a maior visibilidade dos tubarões nesta época do ano se deve à coloração mais clara das águas, que facilita a observação.

A presença desses animais é um indicativo de que o ecossistema está equilibrado. Segundo Szpilman, a alimentação dos tubarões cumpre um papel essencial na regulação das populações de peixes, contribuindo para a saúde do ambiente costeiro. Por isso, o especialista ressalta que o medo gerado pelos avistamentos não deve se transformar em pânico, mas sim em conscientização.

As autoridades reforçam que os tubarões sempre estiveram na região e que o aumento de registros se deve, principalmente, à facilidade de captação de imagens e vídeos pelos frequentadores. Fora da faixa de até 10 km da costa, segundo Szpilman, o risco de incidentes envolvendo tubarões praticamente inexiste.

O respeito ao ambiente marinho

As recentes aparições de tubarões na Barra da Tijuca e em outras regiões, como Angra dos Reis e Arraial do Cabo, despertaram debates sobre a convivência de banhistas e predadores. A recomendação oficial é de respeito ao habitat natural dos tubarões e de cuidado redobrado ao entrar no mar. Ao perceber a presença de um tubarão, a primeira atitude deve ser avisar imediatamente as autoridades responsáveis, como guarda-vidas e Corpo de Bombeiros.

Além das recomendações práticas, as postagens do governo reforçam a importância de evitar o pânico e de compartilhar as informações com amigos e familiares para garantir a segurança coletiva. As bandeiras roxas continuam sendo o principal indicativo para evitar a água, enquanto as orientações básicas visam reduzir riscos e manter o convívio seguro com a fauna marinha.

A Barra da Tijuca, com suas águas claras e atrativos naturais, segue recebendo grande número de visitantes, mesmo com os recentes avistamentos de tubarões. Para Szpilman, essas aparições reforçam a necessidade de convivência respeitosa entre seres humanos e animais marinhos, sempre com atenção e responsabilidade.

Fonte: G1, CNN e UOL.

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