Economia argentina cresce 5,6% em março, abaixo da expectativa

A economia argentina registrou crescimento de 5,6% em março de 2025 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, resultado inferior à projeção de 6,5%. Na comparação com fevereiro, o PIB (Produto Interno Bruto) argentino recuou 1,8%, contrariando a expectativa de avanço de 0,8%. Os dados foram divulgados na 4ª feira (21.mai.2025).

O desempenho econômico foi registrado enquanto a Argentina implementa um novo programa junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional). A volatilidade dos mercados elevou a inflação mensal do país para 3,7% em março, impulsionada pela expectativa de que o acordo com o FMI resultaria em desvalorização de 10% do peso argentino.

Os indicadores de inflação mostraram desaceleração para 2,8% em abril, sinalizando possível estabilização econômica. O peso argentino se fortaleceu dentro das bandas cambiais estabelecidas, diferentemente do que previam analistas de mercado.

A 2ª maior economia sul-americana demonstra sinais de recuperação após enfrentar 2 trimestres consecutivos de contração na primeira metade de 2024, período caracterizado pelas políticas de austeridade do governo de Javier Milei.

No último trimestre de 2024, a economia argentina apresentou crescimento superior às projeções, impulsionado por exportações, gastos públicos, consumo das famílias e investimentos em capital.

O FMI concedeu à Argentina um pacote de financiamento de US$ 20 bilhões em 11 de abril de 2025, com desembolso inicial de US$ 12 bilhões. Este aporte permitiu ao país suspender restrições de capital e flexibilizar controles cambiais, considerados os principais obstáculos ao crescimento sustentado.

Economistas consultados pelo banco central argentino em abril estimam que o país crescerá 5,1% em 2025.

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