CPI do INSS deve ser instalada só no fim de junho

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse em reunião de líderes nesta 5ª feira (22.mai.2025) que a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deve ficar para 17 de junho.

Segundo Alcolumbre, caso o colegiado fosse instalado agora, atrapalharia as investigações da PF (Polícia Federal), que apuram descontos indevidos de até R$ 6,5 bilhões em aposentadorias e pensões. As informações foram dadas à imprensa pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), vice-líder do Governo.

O congressista de Goiás ainda disse que o presidente da Casa Alta considera que o número de assinaturas está desproporcional entre deputados e senadores. Há 242 assinaturas na Câmara e só 42 no Senado.

“Ele disse que não concorda, ponto final, que ele só aceita fazer a CPMI e pedir um prazo até 17 de junho para que se dialogue, para se conversar com todos e todas, definir o número de deputados e o número de senadores na CPMI, porque a proposta da Câmara, por enquanto, é desproporcional. Ela [Câmara] tem quase 200 deputados na CPMI e senadores só 40, né?”, disse.

Kajuru também afirmou que Alcolumbre recebeu um requerimento com 27 assinaturas de senadores para que fosse instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS só do Senado, mas ele negou.

“O presidente Davi deixou claro que ele não aceita fazer a CPI só do Senado, porque ontem entregaram a ele com 27 assinaturas o pedido da CPI do INSS apenas no Senado”, declarou.

CPI DAS BETS

Os senadores pediram a Alcolumbre para que a CPI das Bets fosse prorrogada, mais uma vez. O prazo para a finalização do colegiado seria até 30 de abril e foi adiada por mais 45 dias.

De acordo com Kajuru, o congressista amapaense não aceitou a prorrogação da CPI e disse que, se acabar em “pizza” [referência a uma situação onde ninguém é responsabilizado], seria culpa dos senadores que não teriam trabalhado.


Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Sabrina Fonseca sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

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