Nando Reis critica venda de áreas verdes em Salvador

O cantor Nando Reis criticou nesta 3ª feira (20.mai.2025) a venda de áreas verdes em Salvador (BA). Em vídeo publicado no perfil no Instagram do “Movimento Salvador Verde”, o artista diz que não dá para destruir uma área de preservação ambiental para a construção de empreendimentos e fazer uma compensação ambiental “plantando eucalipto”.

“Há uma questão das compensações, não dá para você destruir uma área verde para construir um complexo com torres e fazer a compensação plantando eucalipto”, disse. “É fundamental preservar o que já está aí. A destruição está indo a passos largos”, completou.

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O cantor ainda citou o exemplo da sua cidade, São Paulo, e disse que o “modelo de urbanização e especulação” da capital paulista “é tudo aquilo que a gente não deveria fazer”, por isso fez um apelo à Prefeitura de Salvador para que siga um caminho diferente.

Assista ao vídeo (1min43):

Além de Nando Reis, outros artistas já se manifestaram sobre os leilões. É o caso das cantoras Anitta e Daniela Mercury.

As declarações dos famosos vieram depois de a Justiça Federal suspender o leilão de um terreno localizado no Morro do Ipiranga, na capital baiana, depois de um pedido do CAU-BA (Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia), que apontou riscos ambientais na comercialização da área.

A decisão cita a lei municipal nº 9.775 de 2023, que autoriza a venda de 40 terrenos públicos como forma de ampliar a arrecadação do IPTU e financiar obras na cidade.

O texto, no entanto, não menciona se o terreno leiloado pode ter alguma restrição ambiental, o que, segundo o Judiciário, cria insegurança jurídica. O certame estava marcado para 15 de abril e o morro seria leiloado com lance mínimo de R$ 4.945.000.

LEILÕES DE ÁREAS VERDES

Em março de 2024, a Justiça da Bahia também suspendeu o leilão de uma área de preservação ambiental em um dos bairros mais nobres de Salvador (BA).

O leilão era de uma área de 6.699 m² que pertence à Prefeitura de Salvador. Tem valor estimado em R$ 10,9 milhões e fica na av. Sete de Setembro, no bairro Corredor da Vitória, um dos metros quadrados mais caros da capital baiana.

A venda da área havia sido aprovada pela Câmara Municipal de Salvador em 20 de dezembro de 2023 por 32 votos favoráveis e 8 contrários. O texto era um pedido do prefeito Bruno Reis.

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