Gilmar Mendes arquiva recurso de Ednaldo para voltar a CBF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes arquivou o recurso de Ednaldo Rodrigues contra o seu afastamento do comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta 3ª feira (20.mai.2025). Eis a íntegra da decisão (PDF -125 kB)

O ex-presidente da Confederação desistiu do recurso na 2ª feira (19.mai). Enviou uma manifestação para Gilmar, relator do caso, solicitando a anulação da petição inicial. O documento questionava a decisão do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) pelo seu afastamento. Segundo os seus advogados, Edsonaldo Rodrigues foi “movido pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro”.

A defesa argumenta que a vida do ex-presidente “tem sido abalada por equívocos públicos, interpretações distorcidas e insinuações injustas, maledicentes e criminosas”. O texto enviado ao STF afirma que as acusações contra ele são “orquestradas e coordenadas por diversos grupos, que nunca se contentaram com o fato de o futebol brasileiro ter rompido com oligarquias e de passar a ter transparência e governança, grupos estes que não medem esforços em lhe causar dor”.

MUDANÇAS NA CBF

A destituição de Ednaldo foi determinada em 15 de maio depois de questionamentos na Justiça sobre a autenticidade de uma assinatura em acordo homologado pelo STF em fevereiro deste ano, que garantia a sua permanência no comando da CBF.

A assinatura em questão era de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, ex-presidente interino da CBF. Uma perícia identificou indícios de fraude no documento, embora Ednaldo Rodrigues negue irregularidades.

Depois do afastamento, Fernando Sarney, um dos vice-presidentes, foi designado como interventor e convocou novas eleições. O pleito para escolha da nova diretoria da CBF está marcado para domingo (25.mai).

Até o momento, só uma chapa foi registrada para a eleição, liderada por Samir Xaud, da Federação Roraimense de Futebol, que deve ser confirmado como o próximo presidente da entidade.

No documento enviado ao Supremo, Rodrigues afirma não estar concorrendo nem apoiando qualquer candidato ao cargo de presidente da CBF na eleição convocada pelo interventor. O ex-dirigente deseja “boa sorte” a quem assumir a gestão do futebol brasileiro nos próximos anos.

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