Lewandowski chama prisão de líder do PCC de “vitória importante”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a prisão do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi uma “vitória muito importante na luta contra o crime organizado”.

A jornalistas, Lewandowski afirmou que a operação para trazer Tuta para o Brasil foi “extremamente complexa”. As negociações com a Bolívia envolveram o Itamaraty, a PF (Polícia Federal). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava ciente.

O ministro da Justiça definiu o líder da facção como um “delinquente de alta periculosidade”. Ele estava sob inquirição por uma autoridade judicial boliviana.

O argumento apresentado pelo governo brasileiro, de risco de fuga, foi essencial para a entrega do “número 1 do PCC” ao Brasil.

Para Lewandowski, “o combate ao crime organizado hoje é extremamente complexo, envolve uma intensa e necessária cooperação internacional”.

Assista a trecho da coletiva (9min42s):

ENTENDA

O líder da facção criminosa foi preso na Bolívia na 6ª feira (16.mai.), em uma ação conjunta entre a PF e a FELCC (Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen).

Tuta, condenado a mais de 12 anos por associação criminosa e lavagem de capitais, estava foragido há 5 anos. Seu nome fazia parte da Lista de Difusão Vermelha da Interpol, o que, de acordo com a PF, “motivou a intensificação dos esforços para a sua localização e captura”.

A prisão se deu enquanto ele estava em uma unidade policial para renovar documentos e apresentou documentação falsa em nome de Maicon da Silva.

Ele foi entregue às autoridades brasileiras neste domingo (18.mai) na cidade de Corumbá (MS) e levado a Penitenciária Federal em Brasília. Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, está detido no mesmo presídio desde 2019. Ele é ex-chefe do PCC.

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