Banco é condenado a indenizar ex-funcionário por foto corporativa que simulava nudez


Funcionário diz que foi obrigado a posar sem camisa em ação interna e que a foto era usada no crachá e na assinatura de e-mail. Justiça entendeu que houve violação do direito de imagem. O Nubank afirmou que a foto foi tirada em campanha voluntária em 2018 e que material referente à ação foi descartado. A sede do Nubank em São Paulo.
Getty Images via BBC
O Nubank foi condenado pela Justiça do Trabalho a indenizar um ex-funcionário no valor de R$ 10 mil por uma foto corporativa que simulava nudez.
Na ação, o ex-funcionário alegou que foi submetido a situações vexatórias e obrigado a realizar um ensaio fotográfico na empresa sem camisa, para simular na foto corporativa em que ele estava nu, em alusão ao nome da empresa.
Em nota, o Nubank informou que a foto foi tirada em uma campanha voluntária em 2018 e que todo o material referente a esta ação foi descartado.
“O Nubank pauta suas relações com diferentes públicos com base em respeito, transparência e responsabilidade. Portanto, esclarecemos que: após análise interna, decidimos descontinuar e descartar todos os materiais de uma campanha voluntária realizada há sete anos, em 2018. Essa medida já foi comunicada aos nossos colaboradores e faz parte do nosso processo contínuo de aprimoramento e adequação de nossas ações”, disse.
A foto desta ação era utilizada em diversos locais, como crachás e assinatura de e-mail, inclusive na resposta para clientes. Uma testemunha informou que os funcionários eram obrigados a tirar a foto no momento da admissão e que ela mesma, ao ser contratada, teve que tirar a foto sem camisa e com a alça do sutiã abaixada para simular a nudez.
As fotos teriam sido tiradas em uma sala, com fotógrafo e uma fila de outros funcionários aguardando.
Juliana Baldini de Macedo, juíza responsável pelo caso, entendeu que a foto foi uma violação do direito de imagem. A decisão é de 7 de maio.
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