Entidade investigada por fraude no INSS multiplicou associados na pandemia

Uma das entidades investigadas por fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS registrou um crescimento explosivo no número de associados durante a pandemia.

Segundo relatório da CGU, o total de filiados saltou de 160 mil, em janeiro de 2020, para 270 mil, em junho de 2021 — um aumento de 67%.

As suspeitas envolvem cobranças indevidas e uso irregular de convênios para aplicar descontos diretamente nos benefícios. Confira mais detalhes a seguir.

Fraudes motivam operação da PF e ação do governo

A atuação da entidade Conafer levantou suspeitas após a identificação de milhares de beneficiários com descontos não autorizados no extrato do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Em abril, mesmo com os convênios suspensos, milhares de descontos foram registrados, o que levou o governo a iniciar a devolução dos valores.

Segundo a Polícia Federal, o esquema pode ter movimentado até R$ 6 bilhões em cobranças irregulares nos últimos anos.

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Entidades atuavam sem controle efetivo

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas na fiscalização das entidades conveniadas ao INSS e exigiu mudanças nas regras de autorização.

O sistema atual permitia que associações com atuação questionável tivessem acesso ao desconto em folha, sem exigir comprovação efetiva da filiação.

O Governo Federal anunciou que fará uma revisão completa nos convênios e nos critérios de autorização de descontos.

A multiplicação de filiações em plena pandemia reforça a necessidade de controle e fiscalização nas cobranças aplicadas em benefícios previdenciários do INSS.

O governo promete agir com firmeza para garantir que aposentados e pensionistas não sejam mais prejudicados por entidades irregulares.

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