Rico Melquiades depõe na CPI das Bets e diz que só fez publicidade legal

Na manhã de quarta-feira, o influenciador Rico Melquiades compareceu ao Senado Federal para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets. A presença do campeão de A Fazenda 13 ocorre um dia após o depoimento da influenciadora Virginia Fonseca, em uma nova etapa das investigações sobre apostas online e sua promoção por figuras públicas da internet.

Pontos Principais:

  • Rico depôs à CPI das Bets no Senado como testemunha nesta quarta (14/5).
  • Ele afirmou que sua atuação se limitou a campanhas publicitárias legais.
  • Com autorização do STF, ficou em silêncio sobre processo sob sigilo.
  • É investigado na Operação Game Over 2 por suposta promoção irregular de apostas.
  • CPI quer entender o papel de influenciadores na divulgação de jogos de azar.

Convocado como testemunha, Rico afirmou em sua fala inicial que responderia a todas as perguntas, exceto as que dizem respeito ao processo judicial que tramita em sigilo na 17ª Vara Criminal de Alagoas, vinculado à Operação Game Over 2. Ele obteve no Supremo Tribunal Federal o direito ao silêncio sobre questões que possam levar à autoincriminação, mas destacou que deseja colaborar com a CPI dentro dos limites legais.

Rico chegou ao Senado dizendo que falaria tudo, mas com limites claros: não responderia sobre o que está sob sigilo judicial. O direito foi garantido por Moraes no STF.
Rico chegou ao Senado dizendo que falaria tudo, mas com limites claros: não responderia sobre o que está sob sigilo judicial. O direito foi garantido por Moraes no STF.

Rico declarou que sua atuação com plataformas de apostas se limitou à divulgação de conteúdo publicitário. Segundo ele, todos os contratos foram formalizados e respeitaram a legislação vigente à época. “Fiz publis como qualquer outro influenciador. Nunca participei da operação das empresas nem de ações ilegais”, afirmou.

A CPI das Bets tem como foco apurar o impacto da publicidade digital na popularização das apostas online, muitas delas promovidas por celebridades e influenciadores. A comissão analisa como essas campanhas podem ter induzido seguidores a entrar em plataformas não regulamentadas no país.

Rico foi um dos alvos da Operação Game Over 2, que investigou o uso de contas falsas ou de demonstração para simular ganhos irreais e atrair apostadores. A Justiça chegou a autorizar o bloqueio de bens de influenciadores envolvidos, além da apreensão de veículos e dinheiro em espécie. O influenciador nega ter conhecimento ou participação nesse tipo de prática.

No depoimento de terça-feira, Virginia Fonseca afirmou que jamais recebeu comissão relacionada a perdas de apostadores e minimizou a relação com as plataformas. Já Rico optou por manter discrição sobre ganhos e contratos específicos, citando o segredo de Justiça.

A CPI busca agora consolidar provas e depoimentos que indiquem eventuais práticas abusivas na divulgação de jogos de azar. O colegiado deve continuar ouvindo influenciadores nas próximas semanas, ampliando o foco da investigação para além das figuras mais populares nas redes sociais.

Fonte: Congressoemfoco e Metropoles.

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