Petrobras reajusta 1ª parcela dos dividendos do 4º tri de 2024

A Petrobras atualizou o valor da 1ª parcela dos dividendos referentes ao 4º trimestre de 2024. O valor passou de R$ 0,36 para R$ 0,37 por ação, corrigido pela taxa Selic de 31 de dezembro de 2024 até o dia do pagamento.

O pagamento será na próxima 3ª feira (20.mai.2025), aos acionistas registrados até 16 de abril de 2025. Já a 2ª parcela, no valor de R$ 0,3548 por ação, será repassada em 20 de junho de 2025.

A transação será realizada pelo Banco Bradesco, instituição depositária das ações da Petrobras. Todos os acionistas com cadastro atualizado receberão automaticamente o valor na conta bancária no dia do pagamento.

RESULTADO DE 2024

Nos últimos 3 meses do ano passado, a estatal registrou prejuízo líquido de R$ 17 bilhões, uma reversão do lucro de R$ 31 bilhões atingido no mesmo período de 2023.

A petroleira fechou 2024, o 1º ano sob a gestão de Magda Chambriard, com lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, montante 70,6% inferior na comparação anual. Eis a íntegra dos resultados (PDF – 1 MB).

COMEÇO POSITIVO EM 2025

De janeiro a março de 2025, a Petrobras teve lucro líquido de R$ 35 bilhões, alta de 48,6% ante os R$ 23,7 bilhões na comparação anual. Eis a íntegra (PDF – 1 MB) do balanço divulgado nesta 2ª feira (12.mai).

A presidente da companhia, Magda Chambriard, atribuiu o desempenho ao aumento da produção e à eficiência operacional.

“Iniciamos o ano de 2025 com resultados operacionais e financeiros robustos, que refletem a capacidade técnica da Petrobras em superar desafios e gerar valor para a sociedade brasileira. Aumentamos a nossa produção em 5,4% em relação ao último trimestre de 2024 e assim alcançamos um caixa de US$ 8,5 bilhões com as nossas operações, que nos permite investir para continuar gerando valor e remunerar os nossos acionistas”, afirmou.

Serão pagos R$ 11,72 bilhões em dividendos e JCP (juros sobre capital próprio) referentes ao trimestre.

CORTE DE GASTOS

Apesar dos resultados positivos, Magda alertou que a estatal atravessa uma fase que exige controle de gastos, diante de um cenário menos favorável para o setor.

A executiva também comentou sobre a queda de 9,1% no preço médio do Brent na comparação anual, além da valorização de 18% do dólar no mesmo intervalo.

“Nossos resultados são impactados pelo câmbio e pelo petróleo. São variáveis que não temos como controlar. Este momento é de austeridade e controle geral de custos. Temos que continuar a fazer o que fazemos bem, que é explorar e produzir petróleo e derivados, e comercializar com a melhor margem de lucro possível. Precisamos fazer isso, e este momento nos leva a fazê-lo com disciplina de capital, buscando grande redução de custos, com a maior redução de custos possível”, declarou.

Para ela, o cenário reforça a necessidade de foco na eficiência.

“O Brent baixo nos impõe desafios adicionais em nosso plano de negócios, considerando a necessidade de vencer os austeros desafios que a redução do preço nos impõe. Vamos fazer isso com redução de custos e disciplina de capital. Isso é parte dos nossos valores. E é por isso que vamos continuar focando em projetos de maior financiabilidade e gerar valor para nossos acionistas, tanto privados quanto governamentais. Vamos seguir com gastos em linha com o patamar de preços”, afirmou.

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