Ibovespa bate recorde, mas ainda está longe de pico de 2008 corrigido pela inflação; entenda

Ibovespa renovou as máximas históricas no pregão do dia 13 de maio de 2025, aos 138.963 pontos, mas considerando as correções o principal índice da bolsa de valores o cenário é distinto.

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Ao levar em conta o efeito da inflação ou comparando o desempenho pela perspectiva de investidores internacionais, o Ibovespa nunca superou o pico registrado em maio de 2008, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.

Em 2008, a cotação do Ibovespa chegou a 73 mil pontos, que atualizados para valores de hoje, corresponderiam a 191.858 pontos. Ou seja, apesar da máxima aparente, o investidor focado na preservação de poder de compra segue sem recuperar, em termos reais, o patamar anterior à crise financeira global de 2008.

ibovespa

Olhando para a performance do principal índice da bolsa de valores em moeda americana – análise comum dentre investidores – é possível visualizar uma diferença mais acentuada.

O valor mais alto registrado em dólares foi em 19 de maio de 2008, quando o índice atingiu o equivalente a 44.616 pontos.

Em 13 de maio de 2025, mesmo com a nova máxima em reais, o Ibovespa, convertido para dólares, estava em 24.699 pontos — um recuo de 44,6% em relação ao antigo topo.

O dado evidencia que, embora a bolsa brasileira tenha superado diversas turbulências desde então, a combinação entre inflação e câmbio segue limitando seu desempenho global.

Ibovespa tem alta consistente, mas ainda insuficiente

O Ibovespa percorreu um longo caminho desde o baque de março de 2020, quando chegou a 63.570 pontos, o menor nível desde 2009, registrando um avanço nominal de 118% desse período até a atualidade, em maio de 2025.

Em dólares, o salto foi de 12.512 para quase 24.700 pontos — uma valorização de 97,4%. Já levando em conta a inflação, a alta no período foi de 60,6%.

Analisando outras trajetórias entre momentos de baixa e picos, também é perceptível uma diferença grande entre o valor nominal e o valor corrigido pela inflação.

Em 23 de março de 2020, o índice ajustado pelo IPCA estava em 86.546 pontos. Cinco anos depois, chegou a 138.963, uma alta real de 60,6%. Mesmo assim, faltam cerca de 38% para atingir o nível que o índice teria se tivesse mantido o valor de 2008 atualizado pela inflação.

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