Lucro de R$ 35 bi da Petrobras no 1º trimestre foi o maior dos últimos 2 anos

O lucro apurado pela Petrobras no primeiro trimestre do ano de 2025 foi o maior para os últimos dois anos, conforme levantamento da Elos Ayta Consultoria. No período, a estatal somou R$ 35 bilhões na última linha do balanço – sem considerar os eventos exclusivos.

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A última vez que o lucro da Petrobras havia sido tão grande fora no primeiro trimestre do ano de 2023, com R$ 38,1 bilhões.

Desde a pandemia, o maior lucro da companhia foi no quarto trimestre do ano de 2020, com R$ 59,8 bilhões.

Vale destacar também que a empresa anotou prejuízo em cinco trimestres desde o início de 2020, sendo um deles no último trimestre do ano de 2024, com R$ 17 bilhões.

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Digerindo o resultado divulgado nesta segunda-feira, 12, as ações da Petrobras operam entre altas e baixas e com pouca volatilidade, avançando 0,063% por volta das 12h15 desta terça, 13.

João Daronco, analista CNPI da Suno Research, avalia o resultado como ‘bastante positivo’.

“A gente teve uma queda no preço do [petróleo] Brent de um ano para o outro. Do lado positivo, o que a gente tem é aumento do preço do dólar, e aí no resumo, no somatório desses dois fatores, o dólar sai de algo como R$4,95 no primeiro 3224 para R$5,84, na média, no primeiro trimestre de 2025. Resumo desses fatores, a companhia conseguiu aproveitar, apresentar um crescimento de receita, saindo de R$ 117,7 bilhões para R$ 123,1 bilhões”, comenta.

“Quando a gente olha fluxo de caixa livre, ele cai no comparativo, uma queda de quase 20%, mas principalmente não porque o fluxo de caixa operacional está caindo, mas porque a companhia tem investido mais, que era um ponto de atenção que a gente tinha antes. Entretanto, quando a gente pega uma foto do trimestre, tri contra tri, a gente vê que a gente teve um aumento bastante substancial do fluxo de caixa livre”, completa.

Fernando Siqueira, Head de Research da Eleven Financial, considera o resultado em linha com o esperado e sem grandes destaques.

“Mais uma vez, a operação de exploração e produção de petróleo apresentou resultados melhores. O Ebitda cresceu 1% para R$ 61 bilhões, reflexo do bom desempenho da unidade de exploração misturado com resultados fracos nas operações de refino e comercialização (além de resultados fracos na unidade de gás)”, analisa.

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Se desconsiderados itens não recorrentes, o lucro ajustado da estatal ficou em R$ 23,5 bilhões, valor que ficou abaixo das expectativas de parte do mercado. O BTG Pactual, por exemplo, projetava R$ 41,09 bilhões para o período.

O EBITDA ajustado entre janeiro e março somou R$ 61,08 bilhões, número 1,7% maior que o de um ano antes, mas ainda aquém dos R$ 63,5 bilhões apontados como previsão pelo consenso de mercado. Considerando apenas o EBITDA ajustado sem os chamados eventos exclusivos, o valor foi de R$ 62,2 bilhões, avanço de 1,2% na comparação anual.

A receita obtida com vendas totalizou R$ 123,1 bilhões, o que significa um crescimento de 4% na base anual e alinhamento com as estimativas publicadas pela Bloomberg.

O fluxo de caixa livre encerrou o trimestre em R$ 26 bilhões, uma redução de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em relação ao câmbio, o dólar médio de venda ficou em R$ 5,84, praticamente sem variação frente ao trimestre anterior.

O endividamento líquido da companhia, por sua vez, alcançou US$ 56 bilhões ao fim de março. O valor representa elevação de 28% sobre o primeiro trimestre de 2024 e de 7% na comparação com o último trimestre do ano passado.

Os investimentos realizados entre janeiro e março somaram R$ 23,7 bilhões (o equivalente a US$ 4,1 bilhões). Segundo a companhia, a maior parte desses recursos foi destinada a projetos no pré-sal da Bacia de Santos.

No mesmo anúncio, a Petrobras comunicou a aprovação do pagamento de R$ 11,72 bilhões em proventos referentes ao primeiro trimestre de 2025, distribuídos entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Cada ação, seja ordinária ou preferencial, dará direito a R$ 0,90916619.

O repasse será feito em duas etapas: a primeira, de R$ 0,45458310 por ação, prevista para 20 de agosto, e a segunda, de R$ 0,45458309, marcada para 22 de setembro, sendo parte como dividendos e parte como JCP da Petrobras.

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